Presidente do partido critica medidas que, segundo ela, resultariam em rompimento com a base social da legenda
Foto: SEM NORTE - Gleisi: seminários para ajustar a bússola do partido diante dos resultados pífios (Alessandro Dantas/PT)
Presidente do partido critica medidas que, segundo ela, resultariam em rompimento com a base social da legenda
Por Por Matheus Leitão - Revista Veja - 09/12/2024 18:14:20 | Foto: SEM NORTE - Gleisi: seminários para ajustar a bússola do partido diante dos resultados pífios (Alessandro Dantas/PT)
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann , avaliou em entrevista ao jornal O Globo que o partido pode praticar um suicídio político se fizer um movimento em direção ao centro do espectro político. A análise de Gleisi é, em parte, consistente. Isso porque ela rechaçou medidas que fariam o partido perder suas bases e que têm potencial de prejudicar a população de baixa renda. Por outro lado, a avaliação da dirigente é reveladora da dificuldade que o PT tem para romper com a polarização política e, sobretudo, com as práticas que obstruem os bons resultados do governo, como já abordado por esta coluna .
“Diálogo político com o centro nós tivemos na campanha e ampliamos no governo. Já tentaram matar o PT e não conseguiram. Não podem pedir agora que o PT se suicide, rompendo com a base social que nos trouxe até aqui”, disse Gleisi, que está prestes a deixar a presidência da legenda após sete anos.
Gleisi listou as medidas que iriam contra os princípios de esquerda e que, segundo ela, permitiram ao PT ter uma base social: “Acabar com o aumento real do salário-mínimo, desvincular o mínimo da aposentadoria e dos benefícios sociais, mexer nos pisos da Saúde e da Educação”. Segundo Gleisi, “o que o mercado está pedindo é negar tudo aquilo que nós defendemos historicamente”, afirmou. E disse: “Não querem fazer a votação da reforma da renda para dar isenção a quem ganha até R$ 5 mil”.
Por Matheus Leitão - Revista Veja
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