O Distrito Federal, com todas as suas singularidades, pede uma gestão que equilibre o desenvolvimento urbano com o bem-estar social, que saiba ouvir antes de agir
Foto: Sergey Ryazanskiy / Reprodução - Everardo Gueiros
O Distrito Federal, com todas as suas singularidades, pede uma gestão que equilibre o desenvolvimento urbano com o bem-estar social, que saiba ouvir antes de agir
Por Everardo Gueiros - 29/01/2025 06:22:30 | Foto: Sergey Ryazanskiy / Reprodução - Everardo Gueiros
“Não é com violência que se constroem as nações, mas com o diálogo e a compreensão.” – Rui Barbosa
A construção de uma sociedade próspera e justa exige mais do que obras e discursos. Exige propósito. Governar não é simplesmente gerir recursos ou inaugurar obras; é, acima de tudo, cuidar das pessoas. O Distrito Federal, com todas as suas singularidades, pede uma gestão que equilibre o desenvolvimento urbano com o bem-estar social, que saiba ouvir antes de agir e que compreenda que resultados consistentes nascem do planejamento estratégico e da convergência de esforços.
A gestão pública deve ter como norte o interesse coletivo, superando disputas ideológicas ou divergências pessoais. Isso não significa ausência de crítica, mas a adoção de uma postura construtiva. Quando identificamos desafios ou falhas, a resposta não deve ser o ataque, mas a apresentação de soluções. A boa governança se faz com sugestões que possam ser acolhidas, adaptadas e executadas, sempre com o foco no bem comum.
No Distrito Federal, convivemos com realidades contrastantes: uma capital que ostenta símbolos de poder e riqueza, mas que também enfrenta desafios crônicos em saúde, educação, transporte e segurança. Essa dualidade exige sensibilidade, equilíbrio e, sobretudo, planejamento. Obras estruturais são importantes, mas não podem ocupar o centro da gestão em detrimento das políticas sociais. O desenvolvimento urbano precisa caminhar lado a lado com o desenvolvimento humano.
Planejamento: O Alicerce de uma Gestão Eficiente
Governar exige planejamento. Infelizmente, ainda é recorrente vermos administrações que chegam ao poder sem um projeto sólido, movidas por agendas fragmentadas e por demandas momentâneas. A falta de um plano de médio e longo prazo compromete não apenas a execução das políticas públicas, mas a confiança da sociedade nas instituições.
Uma gestão eficaz precisa antecipar problemas, estabelecer prioridades e definir metas claras. Não basta reagir aos desafios; é preciso preveni-los. Isso implica na elaboração de projetos estruturantes que contemplem todas as áreas essenciais: saúde, educação, segurança, mobilidade e desenvolvimento econômico. Sem planejamento, mesmo os recursos mais robustos se perdem em iniciativas desconectadas, sem gerar impacto real na vida das pessoas.
O Equilíbrio entre Obras e Cuidado com as Pessoas
Obras são importantes. Elas representam avanço, modernização e facilitam a vida cotidiana. No entanto, um governo não pode se sustentar apenas no concreto e no asfalto. É preciso lembrar que a principal missão de uma gestão pública é cuidar das pessoas. Investir em saúde pública, por exemplo, significa garantir que cada cidadão tenha acesso a atendimento digno, equipamentos modernos e profissionais valorizados.
Na educação, é fundamental olhar para o futuro. Mais do que ampliar estruturas, é preciso investir na formação de professores, na modernização das escolas e na inclusão de tecnologias que preparem nossos jovens para um mundo em constante transformação. A educação é a base de uma sociedade forte e, por isso, deve ser tratada como prioridade absoluta.
Segurança: Mais que Repressão, Prevenção
A segurança pública não se resume a policiamento ostensivo. Embora a presença da força policial seja necessária, é preciso enxergar a segurança de forma ampla. Políticas de prevenção à violência, programas sociais, educação de qualidade e oportunidades de emprego são medidas que reduzem a criminalidade de forma mais eficaz e duradoura.
A integração entre as forças de segurança e as políticas sociais é fundamental. Não se trata de escolher entre uma ou outra abordagem, mas de combiná-las de maneira estratégica para garantir que a segurança no Distrito Federal seja resultado de uma gestão inteligente, humana e eficaz.
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