Não caia em fake news: Saiba como funcionam armadilhas contra o Aedes aegypti

Dispositivos não atraem mais mosquitos para as residências. Visitas de agentes da Secretaria de Saúde são fundamentais para impedir novos surtos de dengue no DF

Não caia em fake news: Saiba como funcionam armadilhas contra o Aedes aegypti
Não caia em fake news: Saiba como funcionam armadilhas contra o Aedes aegypti

Agência Brasília* | Edição: Carolina Caraballo - 06/04/2025 11:39:22 | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF

A Secretaria de Saúde (SES-DF) tem adotado diversas estratégias para combater a dengue no Distrito Federal. Entre elas estão as armadilhas para o Aedes aegypti, como as Estações Disseminadoras de Larvicida (EDLs) e as ovitrampas. Contudo, para que os dispositivos realmente sejam efetivos contra o mosquito, é preciso ficar atento às fake news e se informar por meio de fontes oficiais.

As armadilhas instaladas pelos agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas) nas residências são ferramentas essenciais para o monitoramento dos mosquitos e controle da dengue na capital federal. “Elas permitem produzir mapas de infestação do Aedes aegypti e assim direcionar os agentes às ações de prevenção e controle, contribuindo para a proteção da população e menor ocorrência de casos”, aponta o biólogo Israel Martins, responsável pela implementação dos dispositivos na rede da SES-DF.

O especialista ressalta que os dispositivos não atraem um maior número de mosquitos para dentro das casas, uma vez que o alcance é limitado ao ambiente domiciliar. O subsecretário de Vigilância à Saúde (SVS), Fabiano dos Anjos, reitera e acrescenta que o papel das armadilhas é justamente o contrário: “Elas não aumentam a infestação, mas ajudam a identificar a presença do Aedes aegypti e permitem ações rápidas para interromper sua reprodução”.

Como funcionam

Cada EDL é composta por um pote plástico com água no fundo e um tecido preto impregnado com larvicida em pó, chamado pyriproxyfen. Quando o mosquito transmissor da dengue ingressa na armadilha para depositar seus ovos, ele entra em contato com o produto e, ao voar para outros criadouros, acaba dispersando o larvicida e impedindo que as larvas se desenvolvam.

Já as ovitrampas são constituídas por um pote preto com água e levedo de cerveja, além de um pequeno pedaço de placa de fibra de madeira. Os mosquitos colocam seus ovos nessa placa – chamada de paleta – e na parede do recipiente. Embora as armadilhas pareçam um criadouro de mosquitos, elas são seguras, pois recebem inseticida para impedir o desenvolvimento de larvas. O produto não representa riscos a humanos ou animais de estimação.

Ação domiciliar dos Avas

Peça-chave no combate ao Aedes aegypti, a visita dos agentes permite a instalação dos dispositivos, protegendo não só a residência, como toda a comunidade local. Identificá-los é simples: os Avas usam colete e chapéu com abas, os dois da cor marrom-cáqui, além de uma camiseta branca. Eles também carregam uma bolsa amarela, onde armazenam seu material de trabalho.

Os agentes devem estar devidamente identificados com símbolos da SES-DF e com a designação de suas funções bem visíveis no uniforme. Na maioria dos casos, o profissional estará munido de um crachá com nome e foto, porém pode haver situações em que o servidor ainda esteja com seu crachá provisório.

Queda de casos

As visitas e armadilhas, aliadas às demais estratégias contra a dengue, têm mostrado resultados positivos. De acordo com dados do último boletim sobre a dengue, até a 13ª semana epidemiológica de 2025, foram notificados 5,1 mil casos prováveis da doença em moradores do DF – uma redução de 97,4% no número de ocorrências em comparação ao mesmo período de 2024, quando houve 194,4 mil casos.

Porém, o subsecretário adverte que não é o momento de baixar a guarda: “O combate à dengue é um desafio contínuo, que exige estratégias inovadoras e engajamento de toda a população”.

*Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)

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