Cooperação entre a indústria cafeeira Brasil-China tem um enorme potencial

A Luckin Coffee e a ApexBrasil assinaram um memorando de cooperação em Brasília, capital do Brasil, em 19 de novembro de 2024.

Cooperação entre a indústria cafeeira Brasil-China tem um enorme potencial
Cooperação entre a indústria cafeeira Brasil-China tem um enorme potencial

Foto: Cortesia da ApexBrasil

A Luckin Coffee e a ApexBrasil assinaram um memorando de cooperação em Brasília, capital do Brasil, em 19 de novembro de 2024.

Diário Do Povo Online - 01/12/2024 07:26:47 | Foto: Cortesia da ApexBrasil

Este ano marca o 50º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e o Brasil. À medida que a cooperação bilateral entre a China e o Brasil continua melhorando, cada vez mais grãos de café brasileiros atravessam montanhas e mares e entram no mercado chinês através do intercâmbio econômico e comercial.

Em entrevista ao Diário do Povo Online, funcionários da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) elogiaram o potencial de desenvolvimento da cooperação da indústria cafeeira Brasil-China e expressaram expectativa para uma cooperação prática aprofundada entre os dois lados.

O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de café, sendo conhecido como o “Reino do Café”. Dados divulgados recentemente pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) mostram que, em 2023, as exportações de café do Brasil para a China ultrapassaram pela primeira vez 1 milhão de sacas (60 quilos por saca), tornando a China o sexto maior destino de exportação de café brasileiro.

"O Brasil se tornou a principal fonte de importações de café da China. Grande parte dos grãos de café que a China importa todos os anos vem do Brasil", disse Jorge Viana, presidente da ApexBrasil, em entrevista exclusiva ao Diário do Povo Online na quinta-feira (21).

A procura de café na China está crescendo e tem um enorme potencial de mercado, observou Viana, usando a Luckin Coffee como exemplo da rápida ascensão das marcas de café das cadeias chinesas.

Sendo a rede de marcas de café com maior número de lojas na China, a Luckin Coffee tornou-se uma das maiores importadoras de grãos de café brasileiros no mercado chinês.

Sob o testemunho do vice-presidente brasileiro e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços Geraldo Alckmin, a Luckin Coffee e a ApexBrasil assinaram na terça-feira (19) um memorando de cooperação em Brasília, capital do Brasil.

Segundo o acordo, a Luckin Coffee comprará 120 mil toneladas adicionais de grãos de café brasileiros, além do contrato de dois anos assinado em junho deste ano para a compra de 120 mil toneladas de grãos de café brasileiros. De 2025 a 2029, a Luckin Coffee comprará um total de 240.000 toneladas de grãos de café brasileiros do Brasil.

Guo Jinyi, co-fundador, presidente e CEO da Luckin Coffee, disse que o acordo de cooperação assinado entre a Luckin Coffee e a ApexBrasil tem um prazo mais longo e maior volume de compras de grãos até o momento.

“O Brasil sempre foi um importante país importador de grãos de café de alta qualidade da Luckin Coffee”, disse Guo Jinyi, acrescentando que espera aproveitar as vantagens da Luckin Coffee e continuar explorando e realizando uma cooperação pragmática com um escopo mais amplo e de maior qualidade com a indústria cafeeira brasileira, incluindo intercâmbios industriais, atividades culturais de aprendizagem mútua, etc. para promover o desenvolvimento comum da indústria cafeeira dos dois países.

Victor Queiroz, gerente geral do Escritório Ásia-Pacífico da ApexBrasil, disse ao Diário do Povo Online que o crescimento contínuo do comércio bilateral entre o Brasil e a China continuará trazendo mais oportunidades de cooperação empresarial para os dois países, aumentando a taxa de emprego e melhorando o nível de vida das pessoas.

Victor Queiroz agradeceu o papel desempenhado pelas empresas chinesas na cooperação aprofundada entre o Brasil e a China na indústria cafeeira. “No futuro, também promoveremos conjuntamente a inovação tecnológica e melhoraremos a qualidade dos produtos e a eficiência da produção, beneficiando assim os povos dos dois países”.

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