Brasil e China fortalecem cooperação em biotecnologia com acordo para produção de insulina

A expectativa é que a produção chegue a 70 milhões de unidades anuais em um período de até 10 anos, garantindo o fornecimento de insulina glargina à população brasileira

Brasil e China fortalecem cooperação em biotecnologia com acordo para produção de insulina
Brasil e China fortalecem cooperação em biotecnologia com acordo para produção de insulina

Agência Xinhua Brasil - 07/04/2025 06:33:52 | Foto: Myriams-Fotos por Pixabay

O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) anunciou nesta quinta-feira uma parceria estratégica com a empresa brasileira de biotecnologia Biomm e a empresa farmacêutica chinesa Gan&Lee para expandir o acesso a análogos de insulina de ação rápida e prolongada, essenciais para o tratamento do diabetes tipo 2.

É uma doença que afeta 10,2% da população brasileira, aproximadamente 20 milhões de pessoas, segundo dados do Ministério da Saúde.

O acordo, estabelecido no modelo de Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), permitirá a transferência de tecnologia da Gan&Lee para Bio-Manguinhos, com a meta de produzir 100% de insulina glargina de produção nacional. Esta iniciativa visa reduzir a dependência externa e fortalecer a autonomia do país na produção de medicamentos essenciais. A meta inicial é fabricar e distribuir 20 milhões de frascos do medicamento até 2025.

Numa primeira fase, o produto será envasado no Brasil, na fábrica da Biomm em Nova Lima, de Minas Gerais, inaugurada em 2024. Sua entrada em operação marcou a retomada da produção de insulina por uma empresa brasileira após duas décadas, representando um importante avanço para a indústria farmacêutica do país.

O acordo prevê ainda a produção de todo o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) para insulina na unidade da Fiocruz em Eusébio, do Ceará, tornando-se a primeira unidade do gênero na América Latina.

A longo prazo, a expectativa é que a produção chegue a 70 milhões de unidades anuais em um período de até 10 anos, garantindo o fornecimento de insulina glargina à população brasileira.

Este acordo destaca a crescente cooperação entre Brasil e China no setor de biotecnologia, promovendo a transferência de conhecimento e fortalecendo a capacidade industrial brasileira para a produção de medicamentos estratégicos.

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