Programa esportivo para pessoas com deficiência tem primeiro núcleo de atendimento

Iniciativa voltada para crianças e jovens de seis a 18 anos será no Instituto Benjamin Constant, no Rio de Janeiro

Programa esportivo para pessoas com deficiência tem primeiro núcleo de atendimento
Programa esportivo para pessoas com deficiência tem primeiro núcleo de atendimento

Agência Gov | Via Secom - 22/09/2024 18:31:00 | Foto: Divulgação/ICB

O Governo Federal iniciou, no Rio de Janeiro, a implantação do primeiro núcleo de atendimento do Programa Semear, que busca democratizar o acesso ao esporte e criar ambientes para iniciação no paradesporto. A meta é mudar a realidade atual, em que mais de 75% dos municípios brasileiros não oferecem nenhum programa voltado exclusivamente à atividade esportiva para pessoas com deficiência, segundo o Instituto de Pesquisa Inteligência Esportiva da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Por meio de uma parceria firmada entre o Ministério do Esporte e o Instituto Benjamin Constant (IBC), o Rio de Janeiro será o primeiro estado do país a receber o programa. Com um investimento anual de R$ 220 mil, repassado por meio de um termo de fomento, o projeto atenderá aproximadamente 60 crianças e jovens, de seis a 18 anos incompletos. Os alunos terão acesso gratuito a profissionais especializados, uniformes, além de materiais e equipamentos esportivos e pedagógicos voltados para as modalidades de goalball, natação e judô. A parceria tem vigência de 12 meses.

A prática esportiva e as atividades físicas do Semear serão utilizadas como instrumentos de aprendizagem, ajudando a identificar talentos no paradesporto, fomentando a prática esportiva em diferentes níveis e apoiando o desenvolvimento integral da pessoa com deficiência. "Acredito que, em breve, chegaremos a todas as capitais brasileiras com todos os nossos programas do paradesporto. Isso faz parte da nossa política de incentivo. O que vai mudar a vida das pessoas são ações, e estamos agindo", ressaltou o ministro do Esporte, André Fufuca.

Participação feminina
Na medida do possível, 50% das vagas do programa serão destinadas a meninas e mulheres, como forma de aumentar a participação feminina no paradesporto. "A mulher com deficiência sofre, além das violências a que todas as mulheres estão suscetíveis, com a vulnerabilidade arquitetônica e o capacitismo, o que a torna ainda mais vulnerável", afirmou Fábio Araújo, secretário nacional do Paradesporto.

IBC
O local selecionado para o início das atividades do programa, o IBC, inclui pessoas com deficiência visual e múltipla no esporte há mais de 170 anos. Localizada no bairro da Urca, na capital fluminense, a tradicional instituição é referência nacional na educação e capacitação profissional de pessoas cegas, com baixa visão e surdocegas. A formação integral inclui atividades complementares, como atendimento psicológico, orientação educacional e treinamento em orientação e mobilidade, além de disciplinas adicionais, como música, teatro e esporte.

As instalações do IBC permitem a prática de natação, atletismo, futebol, goalball e judô. Com os recursos do programa Semear, o coordenador de paradesporto do IBC e auxiliar técnico da Seleção Brasileira Paralímpica de Goalball, Fábio Brandolin, pretende oferecer mais oportunidades para pessoas com deficiência, adquirir mais materiais e contar com outros profissionais especializados para atender essa população de maneira ainda mais eficaz.

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