Entenda
Por Matheus Leitão - Revista Veja - 21/05/2025 07:23:08 | Foto: O ministro Alexandre de Moraes, do STF (TV Justiça/Youtube)
Alexandre de Moraes fez a sua mais contundente crítica ao Exército, Marinha e Aeronáutica após o início do julgamento da trama golpista ao votar para tornar réus mais dez acusados, incluindo os “kids pretos”, militares das forças especiais que planejavam matá-lo.
Não é por acaso.
O magistrado certamente seria afastado do Supremo Tribunal Federal, preso ou mesmo assassinado, se as informações da Polícia Federal e da Procuradoria-geral da República no processo estiverem corretas.
“Esse populismo extremista digital, não só no Brasil, essa extrema direita que não acredita na democracia, aprendeu que atacar diretamente a democracia não dá ibope. Então, não se ataca a democracia, se ataca os instrumentos. ‘Olha, eu sou a favor da democracia, mas houve tanta fraude que nós temos que dar um golpe para restabelecer a democracia’. Isso foi feito na Hungria, esse foi feito na Polônia, esse discurso foi feito lá atrás nos Estados Unidos. […] A nação não estava preocupada com o abandono dos militares, não estavam pedindo aos militares. Os militares sabem que as Forças Armadas não eram o Poder Moderador, que substituía o imperador. Esse Poder Moderador deixou de existir com a constituição”, afirmou Moraes.
Em seguida, o magistrado fez uma ironia sobre um dos pedidos mais recorrentes no caso: o seu afastamento do caso. “Parece que aqui nenhum dos presentes e todos aqueles que nos ouviram, ninguém acredita que se houvesse golpe de estado estaríamos aqui a julgar esses fatos. Eu dificilmente seria o relator. Talvez aí a minha suspeição fosse analisada pelos ‘kids pretos'”, disse Moraes.
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