Há algo de libertador em aceitar que errar faz parte de qualquer fase.
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Há algo de libertador em aceitar que errar faz parte de qualquer fase.
Por João Zisman* - Notibras - 25/12/2024 19:34:53 | Foto: Acervo Pessoal
Errar não tem idade. A qualquer tempo, sob qualquer circunstância, estamos suscetíveis a tropeços, como se a vida, com sua peculiar maneira de ensinar, insistisse em nos lembrar que o aprendizado nunca se esgota. É quase um lembrete silencioso de que, por mais que avancemos, sempre há algo novo a descobrir – ou a corrigir.
Talvez o erro seja, no fundo, uma prova viva de que estamos em movimento. Quem não erra, ou parou de tentar ou vive na ilusão de um mundo estéril, sem riscos ou desafios. E não há nada mais estagnante do que a ausência de novas tentativas. O erro, quando bem compreendido, não é uma falha no sistema – é o sistema operando em sua máxima potência. É a vida nos dizendo que o caminho continua, e que a estrada, por vezes, exige pequenos desvios.
Há algo de libertador em aceitar que errar faz parte de qualquer fase. Não importa se estamos começando uma carreira, se já acumulamos décadas de experiência ou se acreditamos, erroneamente, que a maturidade nos imunizou contra falhas. A verdade é que cada novo dia nos coloca diante de escolhas, e cada escolha carrega em si a possibilidade do acerto ou do equívoco.
O erro, quando tratado com a humildade de quem sabe que não é infalível, tem o poder de abrir portas que, de outra forma, permaneceriam trancadas. Ele nos ensina a duvidar, a revisar, a olhar por outros ângulos. Crescemos mais nas horas de incerteza do que nos momentos de absoluta convicção. Afinal, a certeza tem um jeito curioso de nos acomodar, enquanto a dúvida nos obriga a avançar.
A qualquer momento, somos alunos daquilo que ainda não conhecemos. E não há vergonha em errar ao longo do caminho. A vergonha reside, talvez, em desistir de aprender, em se fechar para novas experiências por medo de falhar novamente. É a tentativa contínua – e não a perfeição – que constrói histórias dignas de serem contadas.
Errar, no fim das contas, é só mais um lembrete de que estamos vivos, respirando, lidando com o inesperado. A vida não exige que acertemos sempre, mas pede que tenhamos coragem para seguir, dispostos a ajustar a rota, refazer o traço e escrever novos capítulos. Porque é nesse ciclo interminável de errar, corrigir e tentar de novo que, pouco a pouco, nos tornamos melhores – e, quem sabe, mais sábios.
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João Zisman, foi indicado pelo prefeito eleito de Foz de Iguaçu para ocupar uma das secretarias do governo municipal
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