No G20 Social, Janja critica Argentina por não assinar resolução sobre igualdade de gênero

A iniciativa de criar um espaço para a sociedade civil participar dos temas que pautarão a Cúpula dos Líderes acontece pela primeira vez, criada pelo Brasil

No G20 Social, Janja critica Argentina por não assinar resolução sobre igualdade de gênero
No G20 Social, Janja critica Argentina por não assinar resolução sobre igualdade de gênero

Foto: Reprodução uol

A iniciativa de criar um espaço para a sociedade civil participar dos temas que pautarão a Cúpula dos Líderes acontece pela primeira vez, criada pelo Brasil

Agência Sputnik Brasil - 18/11/2024 07:09:21 | Foto: Reprodução uol

A cerimônia foi iniciada com a fala do prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que destacou a importância do evento, afirmando que os líderes globais precisam ouvir o que o povo tem a dizer.

A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, também discursou, defendeu a igualdade de gênero e criticou a Argentina por não ter assinado a resolução que será entregue aos líderes da Cúpula do G20 com propostas voltadas a esse tema pelo Grupo de Trabalho Empoderamento de Mulheres.

"A voz das mulheres precisa ser ouvida, e o GT de Empoderamento saiu com uma resolução muito forte, muito potente. Infelizmente tivemos um país, que foi a Argentina, que por questões, enfim… não assinou a resolução porque tinha lá, no começo da resolução, igualdade de gênero", disse Janja.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, também defenderam a participação social no evento.

Vieira também ressaltou a importância do G20, criado após a crise financeira global em 1999, e ressaltou ser a primeira vez que o diálogo sobre a mudança da governança global é levado à frente por uma presidência do grupo.

Macêdo, na mesma toada, destacou a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por trazer temas como o combate à fome, a crise climática e a taxação dos super-ricos para a presidência do G20.

Coordenador do G20 Social, Macêdo também defendeu a participação da sociedade civil nas discussões de temas centrais para o mundo.

"Se o G20 Social der certo, e já deu, nunca mais esses bacanas vão fazer o G20 sem a participação do povo."
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Após a abertura do G20 Social, o ministro Macêdo concedeu entrevista coletiva onde fez um balanço da iniciativa implementada pela Presidência brasileira.

Segundo ele, neste primeiro dia, mais de 33 mil credenciados circularam pelo evento. O número é ainda maior, de acordo com o ministro, se considerarmos as pessoas que passaram pela Zona Portuária onde acontece o G20 Social, mas não fizeram credenciamentos para participar de demais atividades.

Macêdo ressaltou também o caráter inédito do G20 Social, concebido, segundo ele, para chamar a sociedade civil para participar do processo de decisão das políticas públicas.

"O G20 historicamente acontece a quilômetros de distância, com o povo fazendo protesto". Sob essa ótica, o ministro disse que a proposta do presidente foi trazer o povo para dentro do debate.

Perguntado sobre as temáticas trazidas pelo Brasil em sua presidência, Macêdo adiantou que já há propostas formuladas apontando que 2% da taxação dos superrricos pode ter impacto positivo destinando recursos para financiar políticas públicas de enfrentamento às mudanças climáticas.

O ministro afirmou que a presidência brasileira também traz para o seio do debate a governança global. "Esse modelo que a ONU [Organização das Nações Unidas] preside é um modelo que saiu da correlação de forças da Segunda Guerra Mundial. Portanto, ele não representa mais o mundo atual. Ele tem muita defasagem sobre isso", afirmou.

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De acordo com o ministro, a seleção vai atender 460 municipais, 60 cooperativas de catadores e tem potencial de gerar cerca de 33 mil empregos diretos e indiretos. O investimento na iniciativa, de acordo com o ministro, é de US$ 120 milhões (R$ 695 milhões).

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