Pesquisa traça a participação feminina nas EFPC.
Agência Gov | Via Mps - 31/05/2025 12:01:37 | Foto: Werner Heiber por Pixabay
Foi divulgado, nesta sexta-feira (30/5), Relatório da Pesquisa “Participação Feminina na Previdência Complementar Fechada” , elaborada pela Secretaria de Regime Próprio e Complementar (SRPC) do Ministério da Previdência Social, em parceria com a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp). Os dados analisados mostram que as mulheres representam, em média, 58% do total de colaboradores nas entidades analisadas, ou seja, elas são a maioria nas equipes. Os resultados da pesquisa foram divulgados durante Webinar no canal da Abrapp, no Youtube.
A pesquisa foi respondida por 98 Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC). Teve como objetivo compreender a dinâmica de inclusão e participação das mulheres nos planos de benefícios de previdência complementar, sua inserção no ambiente de gestão das entidades fechadas de previdência complementar e obter dados sobre programas específicos voltados para a adesão do público feminino.
Apesar da maior participação das mulheres nas equipes, quando olhamos para os espaços de liderança e decisão nas EFPC a presença feminina ainda é tímida. A média de participação das mulheres é de apenas 21% nos conselhos deliberativos, 25% nos conselhos fiscais, e 24% nas diretorias executivas.
Embora a maioria das entidades reconheça a importância da diversidade de gênero, 82% não possuem programas específicos para ampliar a presença feminina na liderança. Além disso, 85% não oferecem capacitação voltada para mulheres, e 99% afirmam adotar critérios iguais de promoção, sem ações específicas para mulheres.
A pesquisa mostrou ainda que, quando questionadas sobre o futuro, 92% das entidades afirmaram não ter um plano estratégico para ampliar a presença feminina na liderança. Apenas 6 oferecem programas ou ações específicas de educação financeira e previdenciária para mulheres. A grande maioria das entidades parecem priorizar ações educacionais para o público em geral.
Além de mostrar dados da pesquisa, o relatório apresenta recomendações com a finalidade de promover a inclusão feminina nos planos de benefícios e na gestão das EFPC. Entre elas, destacam-se: a adaptação dos requisitos e formatos de gestão para incentivar a participação de mulheres e formação de lideranças femininas; a definição de cotas ou metas progressivas para representatividade de mulheres nos órgãos de gestão das EFPC; a realização de campanhas específicas com metas progressivas para aumentar a participação de mulheres entre os participantes ativos e assistidos dos planos de benefícios; e a implementação de ações de educação financeira e previdenciária para o público feminino, considerando as disparidades salariais, interrupções na carreira e a maior longevidade feminina.
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