Em mensagem de vídeo, secretário-geral da ONU diz que setor devora recursos como terra e água e aumenta produção de gases de efeito estufa; desperdício gera um caminhão de lixo por segundo; ele apela a consumidores, sociedade civil e governos que façam escolhas para proteger o meio ambiente e o planeta
Agência Onu News - 30/03/2025 19:10:09 | Foto: Unsplash/Burgess Milner
Este 30 de março é o Dia Internacional do Lixo Zero e para o secretário-geral da ONU, o planeta Terra se tornou uma vítima da moda.
Guterres afirma que a produção têxtil utiliza frequentemente milhares de produtos químicos e muitos deles são prejudiciais para as pessoas e para o meio ambiente.
A cada segundo, um caminho de lixo
O líder das Nações Unidas lembra que o setor da moda e da indústria têxtil devoram recursos como terra e água e são grandes produtores de gases que causam o efeito estufa, o que agrava a crise climática.
A produção de roupas é uma das atividades mais velozes da economia. Segundo o secretário-geral, o desperdício têxtil é enorme: a cada segundo, o equivalente a um caminhão de lixo cheio de roupa é incinerado ou enviado para aterros e lixões.
António Guterres sugere uma mudança nos padrões de consumo para que eles possam se alinhar com o compromisso dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. E segundo ele, há sinais de esperança.
Carta da Indústria da Moda e Ação Climática
O chefe da ONU citou a exigência, cada vez maior, de consumidores em relação à sustentabilidade e ao combate ao desperdício. Além disso, muitas empresas estão se unindo em iniciativas importantes assim como associações industriais, sociedade civil, entre outras partes, para impulsionar a sustentabilidade em todos os setores.
Uma delas é a Carta da Indústria da Moda para a Ação Climática, que foi convocada pelas Nações Unidas, e o Pacto da Moda, lançado pelo Governo de França.
Guterres citou ainda o Conselho Consultivo das Nações Unidas sobre o Lixo Zero, que tem unido parceiros para acabar com o desperdício.
Ele terminou a mensagem apelando a consumidores, aos jovens, à sociedade civil e especialmente aos governos para seguirem defendendo regulamentos e a sustentabilidade e empregos dignos.
Para o secretário-geral, todos precisam se comprometer para que a moda possa fazer sentido para as pessoas e o planeta.
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