Bia carrega, e Brasil bate Argentina para ficar na 1ª divisão da BJK Cup
A Argentina, por sua vez, precisará disputar um zonal continental, que equivale a uma segunda divisão da competição.
Foto: Facebook de Bia Haddad Maia
A Argentina, por sua vez, precisará disputar um zonal continental, que equivale a uma segunda divisão da competição.
Alexandre Cossenza, Folhapress - 17/11/2024 07:01:22 | Foto: Facebook de Bia Haddad Maia
Beatriz Haddad Maia esteve a um ponto da derrota na sexta-feira e a dois games de um revés neste sábado. A número 1 do Brasil, contudo, venceu seus dois jogos de simples e ainda voltou à quadra nas duplas para conquistar o ponto que selou a vitória por 3 a 2 sobre a Argentina nos playoffs da Billie Jean King Cup, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.
Todos os três pontos do Brasil vieram com a paulista, atual #17 do mundo. Primeiro, na sexta-feira, ela superou Jazmin Ortenzi (#274 do ranking) por 3/6, 7/5 e 6/2. Depois, neste sábado, bateu Solana Sierra (#154) por 1/6, 6/4 e 6/1. No jogo decisivo, com a ajuda de Carolina Meligeni, derrotou Ortenzi e Julie Riera por 6/3 e 6/2.
Nos outros jogos do confronto, Laura Pigossi (#129) foi derrotada. Na sexta, no primeiro jogo do confronto, caiu diante de Sierra por 3/6, 6/1 e 6/2. No sábado, na quarta partida, foi dominada por Ortenzi, que fez 6/2 e 6/1.
COMO ACONTECEU
Assim como na sexta-feira, Bia Haddad entrou em quadra errática e dando muitos pontos de graça para a adversária. Sierra venceu os cinco primeiros games e, em pouco mais de 20 minutos, fechou o set inicial por 6/1. A tenista da casa, contudo, se recompôs a tempo, equilibrou o segundo set e, aos poucos, foi errando menos e ganhando mais ralis. Ainda assim, esteve a dois games da derrota quando sacou em 4/4 e 0/30. Bia não só se salvou no nono game como conseguiu logo em seguida a quebra que lhe deu o set por 6/4. Depois disso, com a torcida e o momento a seu favor, Haddad Maia dominou o set decisivo, abrindo 4/0 e completando a vitória por 1/6, 6/4 e 6/1.
Com a vitória de Bia, o Brasil precisava apenas de mais um ponto, mas Pigossi, que perdeu seu jogo na sexta-feira, voltou a mostrar muito pouco. Jazmin Ortenzi, que perdeu dois match points e levou a virada de Bia Haddad na sexta-feira, entrou em quadra sem mostrar efeitos do duro revés. Sem se incomodar com as bolas altas e os longos ralis que Laura tentava impor, a argentina dominou a partida e fez 6/2 e 6/1 e, apenas 1h32min.
Com o confronto igualado em 2 a 2, o jogo de duplas foi decisivo. O Brasil entrou em quadra com Bia Haddad e Carol Meligeni, que substituiu a inicialmente escalada Ingrid Martins. As visitantes, que estavam escaladas com Melany Krijow (#547) e Martina Capurro Taborda (#323), entraram com Ortenzi e Julie Riera, que inicialmente nem disputaria o confronto por causa de uma lesão na coxa.
Bia, mais uma vez, foi decisiva. Primeiro, com a devolução que forçou um erro e obteve a primeira quebra do jogo. Pouco depois, após Carol ter seu serviço quebrado, Bia disparou uma paralela de backhand que valeu mais uma quebra de serviço. Quando confirmou seu saque no quinto game, o Brasil abriu 4/1 de frente. Carol voltou a perder o saque no sétimo game, mas foi dela o voleio que deu ao Brasil outra quebra e 5/3 no placar. Haddad Maia, então, confirmou seu serviço e fez 6/3.
Carol brilhou quando fez o voleio vencedor que quebrou o saque argentino, mas voltou a perder seu serviço logo em seguida. O Brasil começou a abrir vantagem quando Bia venceu uma sequência de pontos do fundo de quadra para quebrar o serviço de Ortenzi. Depois, no saque, a número 1 do Brasil foi impecável, e um smash de Meligeni valeu outra quebra e o 4/2 no placar. No oitavo game, Carol finalmente confirmou seu serviço, dando números finais ao jogo. Game, set, match: 6/3, 6/2.
Com o resultado, o Brasil do capitão Luiz Peniza evita o rebaixamento e começa a temporada de 2025 da Billie Jean Cup na fase de Qualifiers, ou seja, na primeira divisão e com chances de se classificar para a fase final e disputar o título. A Argentina, por sua vez, precisará disputar um zonal continental, que equivale a uma segunda divisão da competição.
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