Laboissiere competiu na Argentina e garantiu destaque para o Brasil.
Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília
Laboissiere competiu na Argentina e garantiu destaque para o Brasil.
Jak Spies, Da Agência Brasília | Edição: Chico Neto - 01/11/2024 08:58:15 | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília
Com apoio do programa Compete Brasília, que já atendeu mais de 5 mil pessoas este ano, o mestre Ledio Laboissiere competiu na Argentina e garantiu destaque para o Brasil na modalidade chinesa.
No último fim de semana, o atleta de kung fu Ledio Laboissiere Pacheco, 49, representou o Brasil no Campeonato Mundial de Artes Marciais na Argentina e voltou ao Distrito Federal com a medalha de bronze no peito. A conquista é fruto do esforço do profissional, que contou com o apoio do Governo do Distrito Federal (GDF) por meio do programa Compete Brasília, criado para incentivar a participação de atletas e paratletas de alto rendimento das mais diversas modalidades em campeonatos nacionais e internacionais por meio da concessão de passagens – por transporte aéreo ou terrestre.
Inspirado nas artes marciais pelos filmes do Bruce Lee, dos quais é fã desde adolescente, o atleta começou a treinar em um espaço público mantido pela Administração Regional do Guará quando tinha 17 anos. Atualmente, ele é faixa preta no 4º dan – graduação das artes marciais que corresponde a um nível específico de habilidade -, enquanto concilia seu tempo entre os treinos, a família e o trabalho no Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), onde atua há 11 anos.
Na competição da Argentina, Ledio participou de várias categorias, incluindo a disputa com armas como o facão chinês – na qual alcançou o quarto lugar. Competindo com os mestres do 3º dan para cima, ele conquistou o pódio. “Foi maravilhoso poder representar o país no meu primeiro campeonato internacional e já poder trazer uma medalha de bronze”, relata. “Não trouxe medalha nas outras, mas também foi uma experiência maravilhosa – foi um campeonato em que pudemos conhecer Buenos Aires. Levamos alunos de programas sociais que não têm condições de fazer uma viagem, e, a partir do Compete, isso foi possível”.
Acesso a competições
O auxílio do programa do GDF, ressalta ele, foi crucial, pois as despesas com a inscrição e credenciamento somaram mais de 160 dólares, além do custo elevado com alimentação durante a estadia na Argentina. O esportista já participou de outros campeonatos nacionais por meio do Compete Brasília. “É um programa que deu certo e tem ajudado muitos atletas de Brasília”, aponta. “A cobertura das passagens faz muita diferença, porque não é a única despesa que temos. Percebemos que a maioria das pessoas que foram tiveram que se esforçar com campanhas e rifas para conseguir o custo adicional”.
O secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira, comemora a conquista e lembra que o objetivo principal do Compete Brasília é democratizar o acesso a todas as competições, nacionais ou internacionais. “A gente sabe que as medalhas e troféus são consequências; e, quando vêm, ficamos muito felizes”, afirmou, valorizando a experiência do atleta para difundir as modalidades do kung fu no DF. “Tem aumentado a procura por esse esporte nos nossos centros olímpicos e em outras regiões administrativas. O Ledio nos enche de orgulho, e saber que o Compete contribuiu com um degrau na escada dessa grande conquista nos enche de alegria”.
Para se inscrever no Compete Brasília, não há limite de idade nem exigência de comprovação de renda. O acesso é gratuito, mas existem pré-requisitos, como ser um atleta federado.
As solicitações devem ser cadastradas com prazo máximo de 40 dias antes da data prevista para o início de competições nacionais e, no máximo, 60 dias antes do início de competições internacionais. A documentação exigida e mais informações estão disponíveis no site da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL-DF).
Quadradinho do esporte
Com um investimento no Compete Brasília que passa dos R$ 6 milhões, neste ano, a SEL-DF já atendeu mais de cinco mil atletas, ultrapassando a quantidade acolhida pelo programa em 2023. “Isso mostra que o Compete Brasília tem se tornado de fato uma referência”, assinala Renato Junqueira. “Recentemente recebemos técnicos do Ministério do Esporte que procuram entender um pouco mais sobre esse programa e pensam até mesmo em implementá-lo no governo federal”.
O DF também conta com 12 centros olímpicos e paralímpicos (COPs), com previsão de abertura de um 13º no Paranoá. Nesses espaços são oferecidas atividades gratuitas que atendem principalmente pessoas em situação de vulnerabilidade social. Assim como o Bolsa Atleta, que beneficia competidores de alto rendimento, o Compete Brasília aposta na capacidade dos atletas locais.
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