Assembleia Geral da ONU aprova resolução que exige cessar-fogo em Gaza

Texto apresentado por Espanha, Estado da Palestina e mais 23 Estados-membros recebeu 149 votos favoráveis; decisão condena “uso da fome” como arma de guerra, pede fim de bloqueio humanitário e libertação dos 53 reféns israelenses

Assembleia Geral da ONU aprova resolução que exige cessar-fogo em Gaza
Assembleia Geral da ONU aprova resolução que exige cessar-fogo em Gaza

Agência Onu News - 13/06/2025 10:24:22 | Foto: ONU/Eskinder Debebe

A Assembleia Geral da ONU aprovou, nesta quinta-feira, com 149 votos a favor uma resolução que exige cessar-fogo imediato, incondicional e permanente em Gaza, bem como a libertação de todos os reféns sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023.

O texto, introduzido pela Espanha, em parceria com o Estado da Palestina e outros 23 Estados-membros, recebeu 12 votos contrários e 19 abstenções.

O representante palestino agradeceu a mobilização global
A resolução condena veementemente “o uso da fome” como arma de guerra e pede o fim do bloqueio humanitário de Israel.

A 10ª Sessão Especial de Emergência foi retomada depois que o Conselho de Segurança rejeitou uma resolução, em 4 de junho, que também pedia um cessar-fogo.

Antes da votação, o representante permanente do Estado Observador da Palestina, Riyad Mansour, enfatizou que Israel continua desrespeitando as resoluções da ONU e o direito internacional humanitário

Já Israel criticou a falta de condenação do Hamas no texto. O embaixador de Israel, Danny Danon, destacou a angústia contínua dos 53 reféns israelenses ainda detidos e disse que “o Hamas não está interessado na paz e sim na perpetuação do terror”.

Dannon destacou o cessar-fogo que está sendo proposto pelo Catar, Egito e Estados Unidos, endossado por Israel, como o caminho a seguir e declarou que o Hamas continua rejeitando o acordo.

Assistência humanitária em grande escala
O Embaixador da Espanha, Héctor José Gómez Hernández, disse que o texto exige que as partes em conflito cumpram suas obrigações perante o direito internacional.

Ele destacou a facilitação imediata e permanente da entrada “plena, rápida, segura e desimpedida de assistência humanitária em grande escala em Gaza”, incluindo alimentos, material médico, combustível, abrigo e acesso a água potável.

No início da sessão, o presidente da Assembleia Geral, Philémon Yang, afirmou que “os horrores em Gaza precisam terminar”.

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