O movimento é positivo para o planejamento financeiro familiar
Redação Com Informações De Assessoria - 07/11/2025 10:50:18 | Foto: Divulgação
O que já foi um tabu e um tópico sensível para diversos brasileiros, agora se torna uma pauta recorrente tanto em casa quanto em rodas de conversa em diferentes ambientes. É o que diz o levantamento "Consciência e prosperidade: a nova relação do brasileiro com o dinheiro", realizado pelo Itaú Unibanco em parceria com o Grupo Consumoteca, responsável por revelar que 78% dos entrevistados afirmam não sentir mais desconforto ao falar de dinheiro. Para Renan Diego, consultor financeiro, a notícia favorável explana a mudança de comportamento e é um dos principais caminhos para que a organização das finanças seja feita corretamente.
"A conversa sobre dinheiro era um tabu entre muitos brasileiros por alguns motivos, um dos principais e mais comuns, era que muitas pessoas só escutavam seus pais falarem sobre esse assunto quando a família já estava passando por algum tipo de problema ou aperto financeiro. Os pais não introduziam essa pauta com seus filhos, era raro que falassem abertamente sobre como está o orçamento da casa, ultimamente essa cultura está mudando já que muitas pessoas estão buscando pela educação financeira", afirma Renan.
Ainda segundo o levantamento, os brasileiros entendem que falar de dinheiro é uma forma de expressar seu desejo pela autonomia. Anteriormente, a estabilidade financeira era o maior desejo entre a população. Agora, a prosperidade é citada no topo, acompanhada por "múltiplas estratégias de renda, investimento e educação com o objetivo de alcançar o bem-estar financeiro".
"O dinheiro já foi considerado como o grande vilão na vida de muitas pessoas, porém, bem administrado, ele pode ser uma ferramenta para que elas tenham mais qualidade de vida. Entre as minhas dicas para ter produtividade financeira, ou seja, conquistar qualidade de vida enquanto o dinheiro trabalha para você, está o planejamento. Através de uma planilha ou documento, é possível realizar um controle em relação à renda e os gastos, tendo um panorama da quantia que está entrando e tudo que está saindo", recomenda o consultor.
Renan indica também uma espécie de check-in mensal financeiro, onde em um dia no mês, todos os gastos das últimas semanas serão revisados e analisados, além de também acompanhar os passos para conquistar as metas estabelecidas, como a realização de viagens, quitação de imóveis e veículos.
Ainda segundo a pesquisa, há mudanças de comportamento financeiro independentemente de idade, faixa de renda ou região, com o foco na prosperidade, ainda mais visível entre os jovens. Não à toa, oito em cada dez brasileiros da Geração Z acreditam que terão um padrão de vida superior ao de seus pais, em contraste com gerações anteriores.
"Esse é um reflexo sobre a alta procura em relação à educação financeira. Ultimamente, temos visto mais pais adicionando seus filhos na divisão de despesas, mesmo que sejam com contas mais baratas, para dar uma aula prática sobre a responsabilidade de arcar com a casa. Além de proporcionar um senso maior de responsabilidade, os jovens já crescem com uma noção melhor sobre dinheiro e até mesmo investimentos", afirma Renan.
Divisão de responsabilidade financeira em pauta
Em relação à contribuição financeira, é possível iniciá-la quando os filhos começam a ter uma renda, mesmo que sejam estagiários e mesmo que ajudem em contas baixas e básicas, como uma compra menor no supermercado, por exemplo. Dessa forma, segundo Renan, esses jovens vão saber o preço dos itens, vão desenvolver uma maturidade maior, evitando o cenário que vemos atualmente de muitos adultos que ainda são ‘’infantilizados’’ financeiramente.
"Para as famílias que desejam falar sobre dinheiro de uma forma saudável, é necessário ter um diálogo claro, com respeito e bom senso. A cobrança não deve ser feita com um tom de comparação com filhos de amigos, nem com um tom autoritário. Frases como 'o filho da vizinha ajuda ela com várias contas' ou 'você vai me ajudar porque sou sua mãe' geram desconforto. O ideal é criar um espaço de diálogo para entender o motivo pelo qual seu filho ainda não tem um salário estável para contribuir em casa ou, se tem, por que não quer ajudar”, recomenda o consultor.
Sobre Renan Diego:
Especialista em finanças pessoais e investimento, Renan Diego é formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e atua há 10 anos como consultor financeiro. À frente da edtech Produtividade Financeira, que conta com um ecossistema de educação financeira, investimentos e qualidade de vida, o carioca já educou mais de 9.500 brasileiros que querem administrar melhor o próprio dinheiro e investir do zero sem abrir mão da qualidade de vida. O profissional também conta com MBA em Value Investing e certificação CEA. Hoje, com mais de 508 mil seguidores no Instagram (@renandiegooficial), o especialista compartilha na sua página oficial conteúdos sobre como poupar, administrar e investir melhor o dinheiro com qualidade de vida.
Comentários para "78% dos brasileiros afirmam não sentir mais desconforto em falar sobre dinheiro, aponta pesquisa":