Prêmio Nobel da Paz 2024 vai para organização japonesa Nihon Hidankyo 

Oposição generalizada às armas nucleares

Prêmio Nobel da Paz 2024 vai para organização japonesa Nihon Hidankyo 
Prêmio Nobel da Paz 2024 vai para organização japonesa Nihon Hidankyo 

Foto: ONU Japão/ Ichiro Mae

Oposição generalizada às armas nucleares

Agência Onu Brasil - 12/10/2024 08:39:36 | Foto: ONU Japão/ Ichiro Mae

O Parque da Paz em Hiroshima. Organização popular japonesa Nihon Hidankyo, vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2024, é integrado por sobreviventes dos bombardeios atômicos no Japão

Comitê Nobel enfatiza impacto global dos sobreviventes de bombardeios atômicos no Japão durante a Segunda Guerra Mundial; secretário-geral da ONU ressalta inspiração do testemunho do grupo para os esforços globais em favor de um mundo livre de armas nucleares.

A organização popular japonesa Nihon Hidankyo é a vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2024. O grupo é integrado por sobreviventes dos bombardeios atômicos no Japão durante a Segunda Guerra Mundial e defende a abolição de armas nucleares.

No anúncio feito esta sexta-feira em Oslo, Noruega, o presidente do Comitê Nobel, Jorgen Watne Frydnes, destacou a importância do Nihon Hidankyo no movimento global que impediu o uso de armas nucleares em conflitos por 80 anos.

Oposição generalizada às armas nucleares

O Comitê Nobel enfatizou como “as testemunhas históricas” ajudaram a gerar e consolidar uma oposição generalizada às armas nucleares em todo o mundo com base em suas histórias pessoais.

Eles promoveram campanhas educacionais destacando a experiência dos membros e emitiram alertas urgentes contra a disseminação deste tipo de armamento.

A declaração destaca ainda o mérito do trabalho da organização ao ter permitido que armas nucleares fossem condenadas como “moralmente inaceitáveis” e acrescenta que o “tabu nuclear de longa data está agora sob pressão”.

O secretario-geral conversou com sobreviventes das bombas atômicas contras as cidades de Hiroshima e Nagasaki

Custo humano das armas nucleares

Em nota, o secretário-geral da ONU, António Guterres, saudou o grupo de sobreviventes das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, também conhecidos como hibakusha. Ele ressaltou as qualidades de “altruístas” que “carregam na alma o terrível custo humano das armas nucleares”.

O secretário-geral realçou o apoio das Nações Unidas à causa dos sobreviventes que qualificou como inspiração para os esforços compartilhados de construir um mundo livre de armas nucleares.

Para o líder das Nações Unidas, embora os números relacionados a essas armas diminuam a cada ano, o trabalho incansável e a resiliência dos hibakusha são a espinha dorsal do movimento global de desarmamento nuclear.

Guterres recordou encontros mantidos com as testemunhas por vários anos destacando “seu testemunho vivo e impressionante”, que lembra ao mundo que a ameaça nuclear “não se limita aos livros de história”.

Dispositivos de morte que não proporcionam segurança

Para Guterres, as armas nucleares continuam sendo um perigo claro e presente para a humanidade, aparecendo mais uma vez na retórica diária das relações internacionais.

Por ocasião do anúncio do prêmio, Guterres disse que é hora de os líderes mundiais serem tão lúcidos quanto os hibakusha e verem a realidade das armas nucleares como dispositivos de morte que não proporcionam segurança ou proteção.

O chefe da ONU destaca que a única maneira de eliminar a ameaça das armas nucleares é acabar completamente com elas.

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