Futuro da infância em risco requer mais proteção dos Direitos das Crianças, diz Unicef

Agência lança relatório “Situação Mundial da Infância 2024.

Futuro da infância em risco requer mais proteção dos Direitos das Crianças, diz Unicef
Futuro da infância em risco requer mais proteção dos Direitos das Crianças, diz Unicef

Foto: © Unicef/Alejandra Pocaterra

Agência lança relatório “Situação Mundial da Infância 2024.

Agência Onu News Brasil - 21/11/2024 07:41:20 | Foto: © Unicef/Alejandra Pocaterra

Agência lança relatório “Situação Mundial da Infância 2024: O Futuro da Infância num Mundo em Mudança”; estudo enfatiza influência de megatendências como alterações demográficas, crises climática e ambiental e avanços tecnológicos

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, revela que desafios como crises climáticas extremas, mudanças populacionais e disparidades tecnológicas colocam a infância “por um fio” até 2050.

O relatório “Situação Mundial da Infância 2024: O Futuro da Infância num Mundo em Mudança” alerta que essa situação deve ocorrer a menos que sejam adotadas medidas concretas e urgentes para proteger o futuro das crianças a nível global.

Dia Universal dos Direitos da Criança
A publicação coincidindo com o Dia Universal dos Direitos da Criança, neste 20 de novembro, lista mudanças populacionais, crises do clima do ambiente e avanços tecnológicos como megatendências que impactarão o grupo até 2050 e mais adiante.

Após ter sido confirmado 2023 como o ano mais quente desde que há registo, o relatório considera que as atuais crises climáticas e ambientais se tornarão ainda mais generalizadas na década de 2050-2059.

Nesse período haverá oito vezes mais crianças expostas a ondas de calor extremas, o triplo delas sujeitas a inundações fluviais extremas, e quase o dobro de crianças expostas a incêndios florestais extremos, em comparação com os anos 2000.

Em nível mundial, as emissões de CO2 atingiram o pico de 36,8 bilhões de toneladas em 2023, uma alta de 1,1% comparada com 2022. O planeta está 1,1ºC mais quente que em 1880 sendo que a maior parte deste aquecimento foi registrado após 1975 em taxa entre 0,15 e 0,20ºC por década.

Doenças provocadas pelas alterações do clima
O Unicef recorda que mais de 1 bilhão de crianças, ou quase metade de todo o mundo, vivem sob grande ameaça de perigo climático e ambiental. Na faixa dos menores de cinco anos estão concentradas 88% das doenças provocadas pelas alterações climáticas.

O relatório destaca, por outro lado, que o impacto destes riscos climáticos nas crianças será determinado pela sua idade, saúde, situação socioeconómica e acesso a recursos.

Em relação às transformações e à evolução demográfica para os próximos anos, prevê-se que a África Subsaariana e o Sul da Ásia concentrem as mais altas populações infantis na década de 2050.

O número de crianças na população africana deverá cair abaixo dos 40%, após ter atingido a proporção de 50% nos anos 2000.

Na Ásia Oriental e Europa Ocidental, a queda será para menos de 17% do total da população regional, comparado com os 29% e 20% registrado nos anos 2000.

População mundial deve atingir 9,7 bilhões
Em 2050, a população mundial deverá atingir os 9,7 bilhões de pessoas, sendo que a proporção deverá crescer para cerca de 7,5 bilhões. Para o mesmo ano, prevê-se que o total de crianças se mantenha entre os 1,7 bilhões e os 3 bilhões.

As projeções apontam para a persistência do aumento na expectativa de vida à nascença e os progressos no acesso das crianças à educação nos últimos 100 anos.

Quase 96% dos menores de idade deverão concluir pelo menos o nível primário nos anos 2050, contra 80% nos anos 2000.

O estudo indica que os resultados para as crianças poderão melhorar de forma significativa com a expectativa de maiores investimentos em educação, saúde pública e numa proteção ambiental mais rigorosa.

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