A Embraer vai vender seis aeronaves do modelo E-175 para a companhia aérea Horizon Air, subsidiária da holding Alaska Air Group Inc., após o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) liberar empréstimo de R$ 900 milhões a empresa norte-americana.

Esse é o segundo financiamento do banco para a Horizon desde 2023, quando a instituição apoiou a exportação de 11 aeronaves da Embraer.

Os aviões serão entregues pela Embraer em 2025 e 2026, e a Horizon pagará o empréstimo em dólares para o banco nacional, gerando divisas nessa moeda para o Brasil.

O financiamento será feito por meio do Exim Pós-Embarque e cobrirá parte do investimento da companhia aérea, cujo total não foi informado.

"De janeiro de 2023 a janeiro de 2025, o BNDES já aprovou financiamento para exportações de 141 aeronaves da Embraer, número 67% superior às exportações aprovadas de toda a gestão anterior", diz Aloizio Mercadante, presidente do BNDES.

"Apenas para empresas dos Estados Unidos, apoiamos cem aviões desde 2023. Esse tipo de resultado contribui para que a Embraer, com o apoio histórico do banco, seja uma das líderes globais da indústria aeroespacial", afirma Mercadante.

Em dezembro de 2024, o banco também anunciou a aprovação de um financiamento de R$ 1,1 bilhão para a exportação de oito aviões da Embraer para a americana Azorra, especializada em aquisição e arrendamento de aeronaves para companhias aéreas comerciais.

A operação envolveu oito jatos comerciais nos modelos E190-E2 e/ou E195-E2.

"Esse é o terceiro financiamento do BNDES à exportação de aeronaves da família E2 para a Azorra, atualmente a quarta maior empresa de arrendamento mercantil de aeronaves regionais", afirmou nota do BNDES na ocasião.

Para o CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, a atuação estratégica do banco no que diz respeito ao estímulo de exportações da empresa fortalece a economia e o segmento no Brasil.

"A atuação estratégica do BNDES para estimular as exportações de aeronaves da Embraer fortalece não só a empresa, mas todo o ecossistema em que a companhia está inserida no Brasil. Com isso, contribui com a sustentabilidade de uma cadeia produtiva nacional robusta e com a geração de renda e milhares de empregos."
Segundo o BNDES, desde 1997, primeiro ano de apoio dado a negociações feitas pela Embraer, o banco financiou cerca de US$ 26,3 bilhões (aproximadamente R$ 149,9 bilhões na cotação atual) para a exportação de mais de 1.330 aeronaves da fabricante.

As negociações possibilitam à empresa concorrer no mercado externo em igualdade de condições com as maiores aéreas do mundo. O apoio do banco complementa o financiamento provido pelo mercado privado.

José Luís Gordon, diretor de desenvolvimento produtivo, inovação e comércio exterior do BNDES, celebra a segunda operação aprovada pela empresa neste início de 2025.

"Com a segunda aprovação para exportações da Embraer neste início de 2025, ampliamos nosso apoio a indústria aeronáutica nacional. Desta forma, o BNDES contribui para reforçar a presença da indústria nacional no mercado externo e para a balança comercial brasileira."
Com sede em São José dos Campos e Gavião Peixoto, cidades do interior do estado de São Paulo, a Embraer é uma empresa aeroespacial global que fabrica aeronaves para a aviação comercial e executiva, defesa e segurança, e para clientes agrícolas.

A empresa também fornece serviços e suporte pós-venda por meio de uma rede mundial de entidades próprias e agentes autorizados.

Fundada em 1969, a Embraer já entregou mais de 9.000 aeronaves. Em média, a cada dez segundos, um avião fabricado pela companhia decola de algum lugar no mundo, transportando mais de 150 milhões de passageiros por ano.

A Embraer é líder na fabricação de jatos comerciais de até 150 assentos e é a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil.

A empresa mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviços e de distribuição de peças em países da América, África, Ásia e Europa.