Volume de vendas do comércio varejista registrou alta de 1,5%
Agência Brasília* | Edição: Carolina Caraballo - 31/10/2025 17:36:00 | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília
O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) apresentou, nesta quinta-feira (30), o Boletim de Conjuntura Econômica do DF, que traz uma síntese dos principais indicadores do primeiro semestre de 2025. O estudo aponta para um cenário otimista, marcado pela retomada do crescimento nos setores de comércio e serviços.
De acordo com o boletim, o volume de vendas do comércio varejista aumentou 1,5%, enquanto o setor de serviços registrou expansão de 6,3% entre o segundo e o primeiro trimestre do ano. No comércio exterior, as exportações e importações do Distrito Federal cresceram 10,6% e 2,4%, respectivamente, no mesmo período.
A inflação acumulada no segundo trimestre foi de 0,98%, influenciada principalmente pelos reajustes nas tarifas de água, esgoto, energia elétrica e nos planos de saúde. A taxa básica de juros (Selic) encerrou o trimestre em 15% ao ano, refletindo a preocupação com as incertezas externas e com a inflação nacional ainda acima do centro da meta.
Apesar do aumento da inadimplência das famílias, houve recuo na taxa de desemprego e elevação da participação no mercado de trabalho, indicando melhora nas condições de emprego no Distrito Federal.
No cenário internacional, os índices de preços das commodities apresentaram queda, a moeda nacional teve leve valorização frente ao dólar americano e as projeções de crescimento global foram revistas para 3,0%, em um contexto de políticas econômicas influenciadas por fatores geopolíticos e pelas dinâmicas do comércio internacional.
No Brasil, o Produto Interno Bruto (PIB) acumulou crescimento de 3,2% nos últimos quatro trimestres, impulsionado pelos setores de agropecuária, indústria e serviços. O mercado de trabalho também apresentou avanços: a taxa de participação na força de trabalho atingiu 62,4%, e o desemprego caiu para 5,8%, uma redução de 1,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. No setor formal, houve criação líquida de postos de trabalho, reforçando o cenário de recuperação.
De forma geral, o primeiro semestre de 2025 evidencia a retomada do crescimento de setores-chave da economia distrital, especialmente pela reversão das quedas anteriormente observadas no comércio e nos serviços. A boa safra de grãos também contribuiu para o otimismo do cenário econômico, com forte presença na pauta de exportações do trimestre.
Para a diretora de Estatística e Pesquisa Socioeconômica do IPEDF, Francisca Lucena, o estudo ajuda a entender os desafios econômicos da capital: “O Boletim de Conjuntura Econômica faz parte dos objetivos do IPEDF de fornecer informações claras e objetivas para a tomada de decisões. Esse estudo permite analisar as tendências da economia, contribuindo para entender e responder aos desafios econômicos com agilidade”.
Já a coordenadora de Análise Econômica do Instituto, Adrielli Dias, destacou que, apesar do contexto desafiador no DF, os principais setores da economia local tiveram bons resultados. “Os indicadores econômicos do DF no primeiro semestre do ano apontam para uma economia resiliente. Mesmo com o cenário inflacionário e a elevação dos juros, os setores econômicos estão apresentando resultados positivos, alinhados com o cenário nacional, com destaque para os setores de serviços e de exportações”, afirmou.
*Com informações do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF)
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