Após escolha de novo desembargador, TJDFT confirma não ter acolhido pedido de conselheira do CNJ

TJDFT contraria CNJ e escolhe Demetrius Cavalcanti como desembargador.

Após escolha de novo desembargador, TJDFT confirma não ter acolhido pedido de conselheira do CNJ
Após escolha de novo desembargador, TJDFT confirma não ter acolhido pedido de conselheira do CNJ

Por Caio Barbieri - gps Brasília - 25/06/2025 11:22:50 | Foto: Caio Barbieri - GPS Brasília

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios ( TJDFT ) reconheceu, nesta terça-feira (24), ter desconsiderado o ofício da conselheira Renata Gil, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ao promover o juiz substituto de segundo grau Demetrius Gomes Cavalcanti ao cargo de desembargador, em vaga aberta com o falecimento do desembargador J. J. Costa Carvalho. A decisão foi tomada por 22 votos, em votação simbólica.

Renata Gil defendia que a cadeira fosse ocupada por uma mulher, dentro de uma lista tríplice exclusivamente feminina. O argumento não surtiu efeito e a Corte preferiu manter os critérios técnicos.

“O Tribunal Pleno do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) decidiu nesta terça-feira, 24/6, pela formação de lista mista e promoveu o juiz de direito de 2º grau Demetrius Cavalcanti ao cargo de desembargador para assumir na vaga do desembargador J. J Costa Carvalho. O Tribunal não acolheu a formação de lista exclusiva de mulheres recomendada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ)”, afirmou a Corte em nota.

Ainda segundo o tribunal, a promoção ocorreu com base em lista mista e pelo critério, especialmente, de merecimento. Apesar da investida da conselheira do CNJ, que defendia ações afirmativas para incentivar a participação feminina no Judiciário, a lista tríplice, com magistrados historicamente capazes de ocupar a função foi composta exclusivamente por homens, seguindo as regras focadas pela escolha por mérito.

Antes da decisão, o Comitê de Incentivo à Participação Institucional Feminina no Poder Judiciário, vinculado ao CNJ e coordenado por Gil, encaminhou ofício ao presidente do TJDFT, desembargador Waldir Leôncio Júnior, recomendando que a cadeira fosse preenchida por uma juíza de 2º Grau, como forma de atender a política de alternância de gênero.

Contudo, durante a sessão, a justificativa apresentada foi de que a nomeação da desembargadora Sandra Reves, ainda em 2023, embora ocorrida por antiguidade, já atenderia o critério, quando a Corte decidiu por nomear uma magistrada para o Pleno.

Por isso, a maioria dos desembargadores e desembargadoras entendeu, nesta terça-feira (24), que, acima de interferências externas, os fatores “experiência, capacidade e antiguidade” deveriam ser mantidos, o que fizeram garantir a vitória para novo integrante do colegiado de 2ª Grau do tribunal da capital federal.

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