Nova ferramenta do Banco Central, Pix automático entrou em operação nesta segunda 16

Nova ferramenta do Banco Central vai seguir dinheiro roubado em golpe do Pix

Nova ferramenta do Banco Central, Pix automático entrou em operação nesta segunda 16
Nova ferramenta do Banco Central, Pix automático entrou em operação nesta segunda 16

Júlia Galvão, São Paulo, Sp (folhapress) - 16/06/2025 08:52:10 | Foto: © BRUNO PERES/AGÊNCIA BRASIL

JÚLIA GALVÃO, SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Pix automático, nova funcionalidade do sistema de pagamentos instantâneos, entra em operação nesta segunda-feira (16). A modalidade autorizará o débito automático de contas recorrentes, como água, luz, telefone, academias e serviços por assinatura sem a necessidade de confirmação a cada cobrança.

Para utilizar o serviço, o cliente deve definir regras, como um valor máximo a cada pagamento. Também é possível cancelar o agendamento até as 23h59 do dia anterior, caso não concorde com o valor cobrado.

Apesar do lançamento da modalidade nesta segunda-feira, sua adoção deve ser gradual. Inicialmente, poucas empresas estarão preparadas para oferecer a nova opção, o que pode atrasar o uso efetivo pelos consumidores.

Segundo o Banco Central, a novidade ampliará o acesso a pagamentos recorrentes para cerca de 60 milhões de brasileiros que hoje não têm cartão de crédito.

Segundo o estudo Beyond Borders 2025, realizado pelo Ebanx, o Pix automático deve movimentar ao menos US$ 30 bilhões no comércio digital nos dois primeiros anos de operação. Nesse mesmo período, a modalidade deve responder por 12% de todo o volume financeiro movimentado via Pix no comércio digital.

A pesquisa também aponta que, atualmente, pagamentos recorrentes com cartão de crédito somam US$ 50 bilhões por ano no Brasil. Deste montante, cerca de US$ 2 bilhões devem migrar para o Pix automático já no primeiro ano.

"O Pix trouxe 71,5 milhões de pessoas para o sistema financeiro formal apenas em seus dois primeiros anos. Hoje, 91% dos adultos brasileiros usam esse pagamento instantâneo lançado há menos de cinco anos. O Pix automático potencializará essa tendência ao desbloquear serviços de assinatura que antes eram inacessíveis para quem não tinha cartão", afirma Eduardo de Abreu, vice-presidente de produto do Ebanx.

QUAIS SÃO AS DIFERENÇAS ENTRE O PIX AUTOMÁTICO E O DÉBITO AUTOMÁTICO?
Embora as duas modalidades sirvam para pagamentos recorrentes, Ralf Germer, CEO e cofundador da PagBrasil, diz que há diferenças na experiência de uso e acessibilidade para empresas.

"No débito automático tradicional, a empresa precisa de convênios bancários individuais com cada banco do pagador, um processo complexo e burocrático". Além disso, nem todos os modelos de cobrança são compatíveis, o que gera limitações e custos.

"O Pix automático é uma opção menos burocrática e mais econômica. Sua arquitetura padronizada e integrada ao ecossistema do Pix dispensa a necessidade de convênios complexos ou intermediários", afirma.

Em relação ao controle do consumidor, ele aponta que no débito automático, o lojista pode agendar cobranças sem validação prévia dos valores ou frequências pelo banco, o que reduz o controle do usuário e torna o cancelamento mais difícil.

No Pix automático, é necessário o consentimento expresso e autenticado do consumidor, com parâmetros definidos por ele, como valor máximo, frequência e validade da autorização. O consumidor também recebe notificações antes de cada cobrança.

QUANDO USAR CADA SERVIÇO?
Segundo o especialista, o Pix automático é vantajoso para o consumidor em contextos que exigem controle, previsibilidade e segurança, já que, por funcionar com regras e prazos previamente validados, ele reduz o risco de cobranças indevidas.

Já o débito automático pode ser mais adequado em casos que envolvem contratos antigos de contas de consumo (viabilizado por empresas que só disponibilizam essa modalidade) ou em relações consolidadas com prestadores de serviço que ainda não aderiram ao Pix automático.

O PIX AUTOMÁTICO VAI SUBSTITUIR O DÉBITO AUTOMÁTICO?
Por ter um custo menor e mais flexibilidade, o Pix automático é apontado pelo Banco do Brasil como uma evolução do débito automático. A expectativa é que a nova modalidade ganhe escala rapidamente, especialmente entre empresas de menor porte e, no médio prazo, deve substituir o sistema tradicional de débitos recorrentes.

ELE TAMBÉM IRÁ SUBSTITUIR O BOLETO?
É possível que a novidade substitua os boletos em contextos que envolvam o pagamento de mensalidade, serviços por assinatura e outras cobranças recorrentes. O Itaú espera que o Pix automático ajude a melhorar em até 30% o pagamento de clientes que hoje usam boletos e QR Codes. Em testes internos, o banco verificou que clientes que passam a pagar por recorrência, ou seja, de forma automática, tendem a manter os pagamentos em dia com mais frequência.

COMO FUNCIONA O PIX AUTOMÁTICO?
- O cliente deve checar se a empresa (como sua academia ou seu serviço de streaming) oferecem o Pix automático como forma de pagamento
- Depois, será necessário autorizar o pagamento das cobranças e definir regras, como o valor máximo de cada pagamento e se vai usar ou não linha de crédito
- Periodicamente, nos dias anteriores ao pagamento, a empresa enviará a cobrança ao banco do pagador
- O banco agenda o pagamento e notifica o cliente, que pode conferir, antes do pagamento e no app da sua conta, se está tudo certo
- No dia previsto, o banco efetiva o pagamento da cobrança de acordo com as regras definidas na autorização
É POSSÍVEL LIMITAR O VALOR DE CADA COBRANÇA?
Sim. O pagador pode definir um valor máximo para cada débito autorizado. Isso significa que, se uma cobrança ultrapassar esse limite, o pagamento não será feito automaticamente.

No entanto, esse valor máximo pode ter um valor mínimo, chamado de "piso", definido pelo recebedor. Por exemplo: se o piso for R$ 50, o pagador só poderá estabelecer um limite igual ou acima disso.

Esse limite pode ser ajustado na hora da autorização ou alterado depois, a qualquer momento. O banco do pagador verifica esse valor sempre que uma nova cobrança é agendada. Se a cobrança for maior do que o limite definido, ela não será agendada, e o pagador será avisado.

É importante saber que esse valor máximo é verificado na hora do agendamento da cobrança, e não no momento em que o dinheiro sai da conta. Se o pagador mudar o limite depois que uma cobrança já tiver sido agendada, a mudança não vale para essa cobrança.

O QUE ACONTECE SE O CONSUMIDOR NÃO TIVER SALDO NA CONTA?
Se não houver saldo o pagamento não será feito, e o pagador será notificado. O banco tentará novamente outras vezes no mesmo dia. Se mesmo assim o pagamento não for realizado, o usuário será avisado mais uma vez.

Em alguns casos, se o recebedor permitir, o banco pode tentar fazer o pagamento nos dias seguintes. As novas tentativas após o vencimento devem ocorrer em, no máximo, três datas diferentes, respeitar um prazo máximo de sete dias corridos após a data de liquidação original e não ultrapassar a data de início do próximo ciclo.

Nova ferramenta do Banco Central vai seguir dinheiro roubado em golpe do Pix

PEDRO S. TEIXEIRA, SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Apenas 31% dos 5 milhões de pedidos de devolução de transferências fraudulentas via Pix foram aceitos e o BC (Banco Central) conseguiu devolver menos de 7% do dinheiro desviado -R$ 459 milhões de um montante de R$ 6,98 bilhões, de acordo com resposta da instituição à solicitação de acesso à informação.

O principal obstáculo do MED (Mecanismo Especial de Devolução), usado pelos brasileiros para pedir a devolução de um Pix após serem vítimas de um golpe ou de uma fraude, é que o Banco Central só rastreia a primeira conta para onde o dinheiro foi desviado.

Como as quadrilhas costumam pulverizar os valores rapidamente, por meio de transferências sequenciais em mais de uma conta de laranjas, o BC trabalha em uma ferramenta para rastrear o trajeto do dinheiro ao longo de cinco níveis de transferências. Se os criminosos dividirem o dinheiro em mais de uma conta, o BC vai analisar todas essas contas.

O lançamento do Med 2.0 está previsto para o primeiro trimestre de 2026, devido à complexidade de coordenar as mais de 800 empresas habilitadas a operar pelo Pix.

Funcionários do BC dizem que, para chegar a esse nível de rastreamento, foi considerado o comportamento dos fraudadores e os limites técnicos para tornar o serviço viável.

Em 2024, a ausência de dinheiro na conta que recebeu a transferência motivou 86% das quase 3,5 milhões de recusas do BC aos pedidos de devolução -e o estorno, quando ocorre, pode ser apenas parcial também por falta de saldo.

Antes do MED 2.0, o BC já trabalha na implementação do "autoatendimento" do MED, em que os usuários do Pix poderão enviar as contestações diretamente ao órgão regulador por meio de aplicativos dos bancos, de forma 100% digital e sem precisar interagir com o atendimento das instituições financeiras.

Na última terça-feira (10), durante evento da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), o presidente do BC, Gabriel Galípolo, disse que o sistema vai permitir a contestação do Pix de forma simples e intuitiva, por meio do aplicativo dos bancos.

No modelo original, só a empresa participante do sistema Pix pode informar o BC da ocorrência, após averiguar se o relato da vítima apresenta indícios suficientes de crime. Esse procedimento aumenta a espera até a solicitação de estorno ser analisada, dando mais tempo para o criminoso espalhar o dinheiro.

As instituições financeiras têm até 1º de outubro para implementar o mecanismo.

O Bradesco, por exemplo, já disponibilizou a atualização para seus clientes. Para contestar a transferência, basta acessar o extrato, selecionar a transação e clicar no botão "Contestar este Pix". O cliente então informa o motivo e escreve uma descrição do caso, avaliada para confirmar se a solicitação procede.

Segundo o diretor de produtos de pagamento do Bradesco, Marcos Cavagnoli, a ampliação do rastreio no MED também facilita a atuação dos participantes do sistema Pix contra a fraude. "Além de bloquear o pagamento, uma coisa que é extremamente importante é mapear as contas laranjas e poder atuar para eliminá-las."
O BC permite que as instituições financeiras, além de notificar as infrações, marquem as contas envolvidas em crimes, quando há chances reais de delito, na plataforma fraud marker.

O diretor de produto da fintech Dock, Luiz Henrique Sá, avalia que o MED 2.0 pode aumentar a proporção de solicitações aceitas para até 80%, com base em estudos apresentados pelo BC durante reuniões sobre o mecanismo. Ainda assim, diz ele, parte do dinheiro fraudado será perdido mesmo após as mudanças, por causa das artimanhas dos criminosos.

"A pessoa comete o crime e usa uma conta A, mas é certeza absoluta de que aquele dinheiro não vai ficar ali nem por segundos, ainda mais com Pix", afirmou Sá. "Vai para uma conta B, vai para uma conta C, vai virar criptomoeda", acrescentou.

Diferentemente das contestações de compras no cartão de crédito, que incluem cancelamentos de pagamentos em compras em que houve arrependimento ou pagamento por engano, o MED só funciona em casos de crimes ou falhas técnicas da instituição financeira.

De acordo com o diretor-executivo da plataforma Acceptance Solutions da Visa, Gustavo Carvalho, o Pix caminha para ter um mecanismo de devolução cada vez mais similar às ferramentas de disputa dos cartões de crédito.

As bandeiras conseguem operar com mais hipóteses de devolução, afirmou Carvalho, devido à experiência de décadas com esse modelo. Além disso, Visa e Mastercard não trabalham com pagamentos instantâneos, o que aumenta o tempo hábil para reaver o dinheiro desviado.

As empresas do setor não divulgam qual a porcentagem dos pedidos de estorno aceitos.

COMO CONTESTAR UM PIX SE VOCÊ FOI VÍTIMA DE GOLPE
Quando o usuário contestar um Pix, os bancos devem informar (ao menos no primeiro acesso) as regras e etapas do processo, bem como o prazo máximo para solicitar a devolução dos recursos se a pessoa for vítima de golpe, fraude ou crime.

O BC estabelece que, quando o cliente acionar a função de contestação, o banco deve direcioná-lo para o extrato da conta ou do Pix para a seleção da transação objeto da contestação. Em seguida, o usuário deve ser questionado sobre qual tipo de golpe, fraude ou crime sofreu, conforme as tipificações que constam no manual operacional do sistema.

Entre as respostas possíveis que devem ser disponibilizadas ao cliente, o BC exemplifica:
- Fui enganado por um golpista e realizei uma transação
- Outra pessoa transferiu recursos da minha conta, sem acesso à minha senha e sem o meu conhecimento
- Fui ameaçado ou tive minha liberdade restringida para ser forçado a fazer uma transação
- Um fraudador usou minha senha para transferir recursos da minha conta, sem a minha autorização
- Outro tipo de golpe (nesse caso, o banco também deverá colocar um campo solicitando um relato descritivo sobre o crime, com até 2.000 caracteres).

Como exemplo, o BC sugere indicar que o envio de documentação complementar auxilia na comprovação da fraude ou que, se a solicitação for considerada procedente, o usuário receberá o dinheiro de volta em um prazo de até 11 dias.

Ao registrar a demanda, a instituição financeira deverá fornecer dados como número do protocolo da solicitação de devolução, com data e horário; prazo máximo de resposta ao usuário sobre a aceitação ou recusa da contestação; existência de saldo na conta de quem recebeu a transação original para efetivação da devolução parcial ou total do valor, além da informação de que a instituição do recebedor será notificada da suspeita de fraude.

Tire suas dúvidas sobre o Pix automático e entenda como a modalidade vai funcionar

A partir de 16 de junho, entra em operação o Pix automático, nova funcionalidade do sistema de pagamentos instantâneos que permitirá o débito automático de contas recorrentes, como água, luz, telefone, academias e serviços por assinatura.

O BC (Banco Central) estima que a nova modalidade ampliará o acesso a pagamentos recorrentes para cerca de 60 milhões de brasileiros que hoje não têm cartão de crédito.

Com apenas uma autorização inicial, os pagamentos seguintes são feitos de forma automática, sem necessidade de nova confirmação a cada cobrança. O cliente pode definir regras, como um valor máximo por débito, e cancelar o agendamento até as 23h59 do dia anterior, caso não concorde com o valor cobrado.

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O QUE É O PIX AUTOMÁTICO?
É uma nova funcionalidade do Pix voltada para pagamentos recorrentes (como contas, assinaturas e mensalidades). Com ele, o valor é debitado automaticamente da conta do pagador na data combinada, sem a necessidade de uma ação a cada cobrança.

COMO FUNCIONA O PIX AUTOMÁTICO?
- O cliente deve checar se a empresa (como sua academia ou seu serviço de streaming) oferecem o Pix automático como forma de pagamento
- Depois, será necessário autorizar o pagamento das cobranças e definir regras, como o valor máximo de cada pagamento e se vai usar ou não linha de crédito
- Periodicamente, nos dias anteriores ao pagamento, a empresa enviará a cobrança ao banco do pagador
- O banco agenda o pagamento e notifica o cliente, que pode conferir, antes do pagamento e no app da sua conta, se está tudo certo
- No dia previsto, o banco efetiva o pagamento da cobrança de acordo com as regras definidas na autorização

QUAIS SÃO AS VANTAGENS DO PIX AUTOMÁTICO?
O principal benefício é que, após a autorização inicial, o pagador não precisa mais aprovar cada transação. Isso evita esquecimentos e ajuda na organização das finanças.

Segundo o BC, o serviço tem como objetivos: tornar o mercado de pagamentos recorrentes mais eficiente; aumentar a competição, permitindo que todos os participantes ofereçam o serviço em igualdade de condições; reduzir custos para empresas; e ampliar as opções de pagamento para os consumidores.

QUE SERVIÇOS DEVEM UTILIZAR O PIX AUTOMÁTICO?
O Pix automático envolve cobranças recorrentes, como mensalidades, assinaturas e contas fixas. Entre os exemplos estão escolas, academias, planos de saúde, serviços de streaming, clubes de assinatura, condomínios, plataformas de conteúdo digital, escolas de idiomas e até contas de consumo, como água, luz e telefone.

POSSO SER COBRADO PARA UTILIZAR O PIX AUTOMÁTICO?
O Pix automático não terá custo para os clientes que utilizam o serviço para fazer pagamentos. No entanto, as instituições financeiras e empresas que oferecem essa modalidade aos seus clientes poderão ser tarifadas entre si, devido aos serviços prestados no processo de cobrança e liquidação dos pagamentos.

COMO AUTORIZAR UM PAGAMENTO VIA PIX AUTOMÁTICO?
O Banco Central prevê quatro formas para o usuário autorizar cobranças recorrentes via Pix automático:
Notificação no app (sem QR Code): O recebedor solicita a autorização, e o banco do pagador notifica o usuário no aplicativo para concluir o processo.

QR Code com dados da recorrência: O pagador escaneia o código e autoriza a recorrência no app do banco, sem cobrança imediata.

QR Code com pagamento imediato + recorrência: O QR Code inclui um Pix comum e a recorrência; ao pagar, o usuário também autoriza futuras cobranças.

QR Code com opção de autorizar após o pagamento: O pagamento e a autorização são separados; após pagar ou agendar, o usuário recebe a oferta de autorizar o Pix Automático.

O PIX AUTOMÁTICO É SEGURO? E O QUE FAZER EM CASOS DE FRAUDE?
Segundo Daniel Dorea, diretor de business da Dock, o Pix automático herda os mesmos princípios de segurança e rastreabilidade do ecossistema do Pix. Em situações de erro e suspeita de fraude, o cliente deverá solicitar a devolução dos valores diretamente para a sua instituição financeira, que seguirá as diretrizes do BC, acionando o MED (Mecanismo Especial de Devolução), se aplicável.

"Considerando que os pagamentos via Pix automático exigem autorização prévia do pagador, os casos de falha operacional são facilmente identificados pela instituição financeira. Caso haja um pagamento indevido de Pix automático, o cliente tem direito à restituição do valor em sua integralidade", diz Dorea.

De acordo com o especialista, nos casos de fraude em que não exista comprovação de falha operacional, o cliente deve acionar sua instituição financeira e apresentar as provas necessárias para a abertura de um MED tradicional.

COMO POSSO EVITAR FRAUDES?
O especialista da Dock recomenda que o pagador sempre verifique as informações da empresa que receberá a autorização do Pix automático no momento de aceitar o consentimento.

"O cliente também pode autorizar as notificações no app do seu banco, assim sempre saberá quando um pagamento saiu da sua conta", afirma Dorea.

É POSSÍVEL LIMITAR O VALOR DE CADA COBRANÇA?
Sim. O pagador pode definir um valor máximo para cada débito autorizado. Isso significa que, se uma cobrança ultrapassar esse limite, o pagamento não será feito automaticamente.

No entanto, esse valor máximo pode ter um valor mínimo, chamado de "piso", definido pelo recebedor. Por exemplo: se o piso for R$ 50, o pagador só poderá estabelecer um limite igual ou acima disso.

Esse limite pode ser ajustado na hora da autorização ou alterado depois, a qualquer momento. O banco do pagador verifica esse valor sempre que uma nova cobrança é agendada. Se a cobrança for maior do que o limite definido, ela não será agendada, e o pagador será avisado.

É importante saber que esse valor máximo é verificado na hora do agendamento da cobrança, e não no momento em que o dinheiro sai da conta. Se o pagador mudar o limite depois que uma cobrança já tiver sido agendada, a mudança não vale para essa cobrança.

O QUE ACONTECE SE NÃO TIVER SALDO NA CONTA?
Se não houver saldo o pagamento não será feito, e o pagador será notificado. O banco tentará novamente outras vezes no mesmo dia. Se mesmo assim o pagamento não for realizado, o usuário será avisado mais uma vez.

Em alguns casos, se o recebedor permitir, o banco pode tentar fazer o pagamento nos dias seguintes. As novas tentativas pós vencimento devem ocorrer em, no máximo, três datas diferentes, respeitar um prazo máximo de sete dias corridos após a data de liquidação original e não ultrapassar a data de início do próximo ciclo.

POSSO CANCELAR UMA AUTORIZAÇÃO DE PIX AUTOMÁTICO?
Sim. O pagador pode cancelar a autorização do Pix automático a qualquer momento, encerrando todos os débitos futuros ligados àquela autorização. Também é possível cancelar um pagamento específico que já tenha sido agendado (desde que isso seja feito antes da data da cobrança).

O recebedor também pode encerrar uma autorização, por exemplo, se o serviço for cancelado ou a relação contratual terminar.

QUAL É A DIFERENÇA ENTRE O PIX AUTOMÁTICO E O DÉBITO AUTOMÁTICO?
No débito automático tradicional, o pagamento depende de convênios firmados entre empresas e bancos, o que costuma limitar o serviço a grandes instituições com relacionamento bancário formal.

Já no Pix automático, o sistema funciona de forma padronizada dentro do próprio arranjo Pix, permitindo que qualquer empresa envie uma solicitação de cobrança e que qualquer cliente aprove diretamente pelo aplicativo do seu banco.

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