Portugal celebra na ONU 50 anos de avanços gerados pela Revolução dos Cravos 

Secretário-Geral da ONU, António Guterres, participa em evento organizado por Portugal para comemorar o 50º aniversário da Revolução dos Cravos

Portugal celebra na ONU 50 anos de avanços gerados pela Revolução dos Cravos 
Portugal celebra na ONU 50 anos de avanços gerados pela Revolução dos Cravos 

Agência Onu News - 27/04/2024 07:15:27 | Foto: Eleuterio Guevane/ ONU News

Evento contou com uma fala do secretário-geral da ONU, que descreveu sua experiência pessoal com a ditadura portuguesa, que durou quatro décadas; para a Missão de Portugal na ONU, fim do regime inaugurou uma era de democracia, descolonização e desenvolvimento.

O Conselho Econômico e Social da ONU acolheu nesta quarta-feira um evento organizado por Portugal para celebrar o 50º aniversário da “Revolução dos Cravos”, ocorrida em 25 de abril de 1974. A data é celebrada no país europeu como “Dia da Liberdade”, pois representou o fim de um regime ditatorial que durou mais de quatro décadas.

Participaram da atividade o secretário-geral da ONU, António Guterres, e os representantes permanentes nas Nações Unidas de Portugal, Moçambique, Brasil, Espanha e Timor-Leste.

Conselho Econômico e Social da ONU acolheu nesta quarta-feira um evento organizado por Portugal para celebrar o 50º aniversário da “Revolução dos Cravos”, ocorrida em 25 de abril de 1974

Eleuterio Guevane/ONU News

Conselho Econômico e Social da ONU acolheu nesta quarta-feira um evento organizado por Portugal para celebrar o 50º aniversário da “Revolução dos Cravos”, ocorrida em 25 de abril de 1974

Experiência pessoal do líder da ONU

Em sua fala, Guterres afirmou que nasceu e cresceu durante a ditadura.

O líder da ONU afirmou que “sabe o que é ser preso e torturado por ter uma opinião diferente da do governo”.

Guterres comentou que na época todas as formas de associação e liberdade de expressão eram proibidas e só opiniões favoráveis ao governo podiam ser publicadas na imprensa.

Para ele, a ditadura portuguesa era opressora e “incapaz de entender o progresso, com uma visão ligada ao fascismo e uma abordagem ruralista em relação à sociedade”.

Participaram do evento o secretário-geral da ONU, António Guterres, e os representantes permanentes nas Nações Unidas de Portugal, Moçambique, Brasil, Espanha e Timor-Leste

Eleuterio Guevane/ONU News

Participaram do evento o secretário-geral da ONU, António Guterres, e os representantes permanentes nas Nações Unidas de Portugal, Moçambique, Brasil, Espanha e Timor-Leste

Nova era

A Missão de Portugal na ONU, responsável pelo evento, enfatizou o fato de a Revolução dos Cravos ter originado uma era marcada pelos “três D’s de abril”: Democracia, Descolonização e Desenvolvimento.

O primeiro aspecto refere-se à introdução de uma nova Constituição em Portugal e ao resgate das liberdades civis. O segundo ao reconhecimento da independência das novas nações africanas e a consciência de que “as lutas dos povos colonizados permitiram libertar Portugal”.

O terceiro aspecto diz respeito ao início de um processo de desenvolvimento regional e integração multilateral que contribuiu para um “desenvolvimento social e econômico estável”.

A programação do evento comemorativo incluiu ainda duas apresentações musicais. A primeira chamada “um apelo à liberdade”, com a execução da música “Grândola, Vila Morena” pela jovem artista portuguesa Júlia Machado.

A canção ficou marcada como um hino da Revolução dos Cravos. A segunda apresentação foi um concerto de Guitarra Portuguesa por Marta Pereira da Costa.

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