Uma guerra que ninguém quer admitir, mas que todo mundo sente.
Por Eduardo Pedrosa - 08/07/2025 08:14:57 | Foto: © FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL
O Brasil vive, neste exato momento, uma guerra. Não é uma guerra declarada, nem televisionada, nem feita por exércitos oficiais. Mas é real. É sangrenta. E é cotidiana.
É guerra nas ruas do Rio de Janeiro, nas favelas, nos morros. É guerra nas grandes cidades do Nordeste. É a guerra silenciosa do PCC em São Paulo. Uma guerra que ninguém quer admitir, mas que todo mundo sente.
Enquanto o país se afunda em uma polarização burra entre bolsonarismo e lulismo, a destruição real segue em curso. O ódio entre irmãos cresce. O brasileiro é empurrado contra o próprio povo. Gente de bem querendo destruir gente de bem. Um país dividido entre dois fanatismos que se alimentam um do outro e levam a nação para o abismo.
E no meio disso tudo, as guerras que realmente matam continuam sendo ignoradas. A guerra do tráfico, do crime organizado, da corrupção institucionalizada. Facções criminosas hoje controlam territórios, verbas públicas e, cada vez mais, corações e mentes. E não falo só das que têm siglas como PCC ou CV. Falo das que se infiltraram no Judiciário, no Legislativo, no Executivo. Facções que se vestem de toga, de paletó, de gravata, e destroem o Brasil por dentro.
Quando somam a isso o discurso irresponsável de guerra de classes, colocando rico contra pobre, empurram o país ainda mais rápido para o colapso. Porque essa guerra não favorece nem o rico, nem o pobre. Só favorece quem vive do caos, quem se alimenta do medo.
Lula veio para destruir. Não com armas, mas com narrativas. Narrativas que corroem a confiança, a esperança, o senso de pertencimento. Bolsonaro, com seu discurso raso, raivoso, inconsequente, joga gasolina no mesmo incêndio.
A guerra civil no Brasil não é um risco futuro. Ela já começou. Ainda é velada, ainda é difusa, mas está aí, tomando forma. E quem comemora são os criminosos. Os que já entenderam que o Brasil está desarmado. Não de armas, mas de valores. De liderança. De coragem.
O país precisa acordar. Antes que o último fio de sanidade vire trincheira.
Este é um artigo de opinião e não necessariamente representa nossa linha editorial.
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