Pesquisadores acompanham a população de capivaras em vários pontos do DF

Estudo analisa o comportamento da espécie e os impactos na saúde pública e na conservação da fauna

Pesquisadores acompanham a população de capivaras em vários pontos do DF
Pesquisadores acompanham a população de capivaras em vários pontos do DF

Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader - 18/09/2025 06:20:42 | Foto: Bethânia Cristina/Zoológico de Brasília

As capivaras, vistas pelos brasilienses em parques e áreas próximas ao Lago Paranoá, serão acompanhadas de perto, entre 2025 e 2027, por pesquisadores e estudantes do grupo Capivaras DF. A equipe do projeto tem estudado as capivaras moradoras do Distrito Federal, em busca de conhecimentos sobre o comportamento da espécie e os impactos na saúde pública e na conservação da fauna.

Coordenado pela bióloga e professora Morgana Bruno, o Capivaras DF pretende acompanhar as populações de capivaras em áreas estratégicas, como a orla do Lago Paranoá, o Parque Ecológico de Águas Claras e o Zoológico de Brasília. O monitoramento mensal das capivaras inclui atividades como a contagem de indivíduos e o registro do perfil populacional para avaliar a dinâmica desses grupos ao longo do tempo.

O grupo Capivaras do DF vai acompanhar a população de capivaras em pontos como a orla do Lago Paranoá e o Zoológico de Brasília | Fotos: Bethânia Cristina/Zoológico de Brasília

O estudo foi solicitado pelo Instituto Brasília Ambiental, em parceria com a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) e com a Universidade Católica de Brasília, diante da necessidade de entender melhor a presença das capivaras em áreas urbanas e os conflitos decorrentes da convivência com os seres humanos.

“Queremos saber se as populações de capivaras estão crescendo ou diminuindo, se migram entre diferentes áreas e se representam risco de transmissão de doenças, como a febre maculosa. Essa resposta é fundamental para orientar ações de prevenção, saúde pública e cuidado com a fauna”, explica a pesquisadora.

Animais de vida livre

As capivaras exercem um importante papel no ecossistema

Para o diretor-presidente do Zoológico, Wallison Couto, essa pesquisa reforça o compromisso da instituição em unir conservação, ciência e educação. “Ao compreender melhor o comportamento e a saúde desses animais, conseguimos não apenas cuidar dos animais, mas também contribuir para estratégias de preservação de animais de vida livre”, comentou.

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Além da dimensão científica, a equipe do projeto promove ações de educação ambiental, aproximando a população do conhecimento sobre a espécie. “Esses animais vivem na região há muito tempo. Queremos mostrar à sociedade o importante papel que eles desempenham nos ecossistemas”, destaca a professora.

Para Morgana, os resultados do projeto terão impacto direto no bem-estar coletivo e na proteção do meio ambiente. “Acompanhar de perto um animal silvestre que vive tão próximo do ser humano é uma forma de medir a saúde do ambiente e como isso pode refletir no bem-estar coletivo”, pontua.

*Com informações do Jardim Zoológico de Brasília

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