Maine, terra de Stephen King, é o paraíso dos faróis, da lagosta e do alce

Quem estiver procurando por faróis, por exemplo, pode contratar os serviços da Portland Discovery Tours.

Maine, terra de Stephen King, é o paraíso dos faróis, da lagosta e do alce
Maine, terra de Stephen King, é o paraíso dos faróis, da lagosta e do alce

Guilherme Genestreti, Portland, Eua (folhapress) - 01/03/2025 10:18:24 | Foto: Foto Pixabay gratuita

No imaginário, o Maine, estado mais setentrional da costa leste americana, é lar de faróis isolados em praias rochosas e de florestas cheias de névoa. Não à toa, é cenário de filmes como "Um Sonho de Liberdade", "O Homem sem Face", "Gasparzinho", "Anjo Malvado", "Regras da Vida" e "Sombras da Noite", que se aproveitam de sua propensão ao mistério e à melancolia.

Isso sem contar com as obras daquele que talvez seja o seu mais notório cidadão. O escritor Stephen King, autor de "It", "Cujo" e "O Iluminado" costuma ambientar suas histórias ali, no lugar onde nasceu e onde ainda vive.

Da Commercial street, que serpenteia em paralelo à costa de Portland, maior cidade do estado (ainda que bastante diminuta), se avistam os píeres de onde partem, bem cedinho, os barcos que vão pescar lagostas. O Maine responde sozinho por mais de 90% desses crustáceos no país. Assim que voltam do mar, ainda de manhã, os pescadores enchem os bares da região portuária, imprimindo todo um ritmo peculiar à boemia do lugarejo.

Seja como for, é naquele eixo que concentra a maior parte das atrações turísticas da cidade, cartão de visitas do Maine. As lojas vendem tradicionais cacarecos (imãs de geladeira, camisetas, canecas, muitas delas com desenhos de alces, outro dos símbolos locais), e de lá parte a maioria dos tours para conhecer os arredores.

Quem estiver procurando por faróis, por exemplo, pode contratar os serviços da Portland Discovery Tours, e, a bordo de um simpático trolley, dar um rolê pela região central ouvindo a história do povoamento da região. O passeio, que sai por cerca de US$ 60 (ou R$ 343), termina no Fort Williams Park, onde fica o farol Portland Head Light.

Embora toda a região da Nova Inglaterra esteja coalhada deles, poucos são tão impressionantes. Erguido ainda no século 18, sob ordens de George Washington, é uma torre branca de mais de 30 metros situada na beira de um penhasco de pedra.

Se o desejo for conhecer mais de perto a labuta dos pescadores da região, dá ainda para passar cerca de 90 minutos num barco à procura de lagostas.

A Lucky Catch mostra como é que se faz a captura dos crustáceos. Com luvas e aventais, turistas têm a chance de lançar no mar as caixas de metal que servem de armadilha para atrair os bichos e depois içá-las. Os animais então são medidos para ver se podem ser mantidos (os muito grandes ou muito pequenos devem ser devolvidos ao mar) e se amarra um elástico em suas presas para que elas não causem ferimentos.

Dá ainda para comprar exemplares vivos e levar a algum dos restaurantes do porto para que sejam preparados -principalmente na forma de lobster roll, iguaria da região. O tour custa US$ 50 (ou R$ 286).

Por falar em lobster roll, Portland temse firmado como um destino foodie, apesar de estar bem distante daquilo que poderíamos chamar de uma cidade cosmopolita.

Ao longo de todo ano, há um walking tour com duração de cerca de três horas que faz paradas nos pubs e restaurantes da área central. É a chance de provar cervejas artesanais, enroladinhos de carne de caranguejo e até uma sobremesa feita à base de chocolate e batata. A comilança sai por US$ 146 (R$ 832).

Quem quiser esticar a partir de Portland pode ir até o Parque Nacional de Acadia pegando a bela estrada costeira numa viagem de mais ou menos 3 horas e meia. Dá para acampar ali, entre carvalhos e sicômoros frondosos. Muita gente vai na expectativa de encontrar os majestosos alces, mas as chances são bem remotas.

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