Com apoio do Instituto Chico Mendes (ICMBio), iniciativa do Fundo Amazônia vai recuperar um espaço equivalente a cerca de 3 mil campos de futebol no Arco do Desmatamento e gerar centenas de empregos em comunidades locais
Agência Gov | Via Icmbio - 18/09/2025 10:38:05 | Foto: Agência Gov Br
Neste mês, em Manaus (AM), o governo federal lançou três novos editais do programa Restaura Amazônia, no valor total de R$ 79 milhões. O anúncio ocorreu durante solenidade que contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.
Os recursos vão priorizar ações em Unidades de Conservação (UCs) localizadas no Arco do Desmatamento, região que atravessa sete estados amazônicos e concentra algumas das maiores pressões sobre a floresta. A expectativa é recuperar até 2,2 mil hectares de vegetação nativa (um espaço equivalente a cerca de 3 mil campos de futebol), por meio de 13 projetos, além de gerar aproximadamente 880 empregos diretos e indiretos.
Em evento no último mês, o presidente do ICMBio, Mauro Pires, ressaltou o potencial da agenda de restauração. Para ele, além de constituir uma plataforma de desenvolvimento sustentável, produção e melhoria da economia com inclusão produtiva, esta agenda pode fazer com que o cidadão comum encontre razão na conservação ambiental. “Um estudo recente mostra que as pessoas estão perdendo a conexão com a natureza, o que traz prejuízos de saúde, inclusive de saúde mental”, mencionou. “E se a gente consegue uma agenda inclusiva, voltada à restauração, garantindo empregos, trazendo benefícios ambientais e promovendo uma conexão com a natureza, creio que aí sim vamos conseguir enfrentar esse cenário de emergência climática”, declarou ele.
Os recursos, provenientes do Fundo Amazônia, serão divididos da seguinte forma: R$ 26,9 milhões para Acre, Amazonas e Rondônia; R$ 30,7 milhões para Mato Grosso e Tocantins; e R$ 21,6 milhões para Pará e Maranhão. Os valores incluem a remuneração dos parceiros gestores do Restaura Amazônia – Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam), Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS) e Conservation International do Brasil (CI Brasil).
As propostas poderão ser enviadas até 10 de novembro de 2025. Já os projetos selecionados terão até 48 meses para implementação.
O que é o Arco da Restauração?
A iniciativa faz parte do projeto Arco da Restauração, uma parceria entre o Ministério do Meio Ambiente (MMA), o ICMBio e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que prevê a recuperação de 6 milhões de hectares de áreas degradadas até 2030.
O objetivo é reverter o processo histórico de destruição no chamado Arco do Desmatamento, região onde a Floresta Amazônica tem sido mais impactada pela derrubada e pela expansão agropecuária. A estratégia é transformar esse território em um cinturão verde de proteção e restauração, fortalecendo a conservação e garantindo benefícios sociais e econômicos para as comunidades locais.
Restaura Amazônia: parte de uma estratégia maior
Lançado em 2024, o Restaura Amazônia é a principal ação dentro do Arco da Restauração. O programa conta com R$ 450 milhões do Fundo Amazônia para restaurar: Unidades de Conservação (UCs); Terras indígenas e quilombolas; Áreas de Preservação Permanente (APPs); e Reservas legais em assentamentos e pequenas propriedades rurais.
A iniciativa está alinhada ao Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg), que busca cumprir a meta da Política Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Proveg), de restaurar até 12 milhões de hectares de áreas degradadas no Brasil.
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