Para Rangel, cidadãos do bloco de língua portuguesa poderiam se beneficiar de uma colaboração entre diferentes universidades de nações da Cplp
Agência Onu News Brasil - 16/08/2024 15:47:56 | Foto: ONU News/Alexandre Soares
Ministro Paulo Rangel diz pensar em regime orientado na formação em língua portuguesa em moldes do recentemente adotado Acordo de Mobilidade; influência de Portugal e Brasil confeririam a estes países a responsabilidade mobilizar ajuda.
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Rangel, ressaltou em entrevista recente à ONU News que é preciso impulsionar os investimentos para concretizar uma abertura internacional da língua portuguesa.
Nessa ação para promover o idioma, o chefe da diplomacia portuguesa recomenda como meta aumentar a cooperação e promover uma mudança de foco em várias instituições acadêmicas da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa, Cplp.
“O grande objetivo é a prosperidade e, no fundo, fazer crescer e, nomeadamente, elevar a qualidade de vida de todos os povos dos países de língua portuguesa. Evidentemente que isso é um desígnio geral, mas há um ponto muito importante, que é a questão da língua e a questão da cultura, na qual temos de investir e temos de investir mais. Aí, Portugal e Brasil têm uma responsabilidade acrescida, porque são Estados com outra capacidade de intervenção, mercê do seu desenvolvimento e dimensão, e têm que ajudar e cooperar com todos os outros.”
O Brasil apoia a promoção da língua portuguesa através do Instituto Guimarães Rosa. Já o Camões - Instituto de Língua Portuguesa e Cultura está sob tutela da diplomacia portuguesa e conta com representações em 84 países.
ONU/Eskinder Debebe
O secretário-geral da ONU com o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal
Para Rangel, cidadãos do bloco de língua portuguesa poderiam se beneficiar de uma colaboração entre diferentes universidades de nações da Cplp.
Segundo ele, o modelo seria um regime tal como o recentemente adotado Acordo de Mobilidade que incentiva a entrada e permanência de cidadãos de um país lusófono no território de outro.
“Por um lado, fomentarmos a presença das chamadas escolas portuguesas, se quisermos assim, mas também a presença de muitos professores e o intercâmbio de estudantes. Isso é um aspecto na Cplp nós podemos, de facto, melhorar muito. Todos estamos a aprender muito uns com os outros. Portanto, usar as universidades de vários países não apenas para formarem os seus nacionais, mas também aqueles que vêm de outros países língua portuguesa. A abertura internacional das academias é hoje um fenômeno mundial, mas nós deveríamos privilegiar esta dimensão também. Já falamos em mobilidade há pouco do trabalho, falávamos agora na mobilidade de formação. Penso que é um ponto muito importante nesta comunidade de povos irmãos que é Cplp”.
Na primeira entrevista à ONU News desde que assumiu o cargo, Rangel elogiou ainda a capacidade de “articulação do bloco de língua portuguesa no contexto global e mundial”.
O chefe da diplomacia portuguesa realçou ainda os valores compartilhados com os membros do espaço lusófono como entendimento, cooperação e ação conjunta no palco internacional.
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