Fundo israelense OurCrowd faz evento em SP de olho no ecossistema local

Jon Medved, OurCrowd, presidente executivo do fundo israelense OurCrowd

Fundo israelense OurCrowd faz evento em SP de olho no ecossistema local
Fundo israelense OurCrowd faz evento em SP de olho no ecossistema local

Estadão Conteúdo - 23/09/2019 08:04:33 | Foto: Foto: Divulgação - Estadão

Com empresas como BeyondMeat e Casper Mattress no portfólio, grupo que faz crowdfunding para aportes está de olho tanto em startups locais como no investidor brasileiro.

Nos últimos anos, tornou-se bastante popular no mundo da tecnologia o conceito do crowdfunding, em que fãs se juntam para contribuir em um projeto específico - um filme, disco ou jogo. Inspirado nesse conceito, o fundo israelense OurCrowd busca "popularizar" o investimento em startups, permitindo que pessoas com pelo menos US$ 10 mil façam aportes em empresas novatas de tecnologia - as apostas incluem nomes como a Beyond Meat, sensação da carne vegetal, a Jump, adquirida pelo Uber, ou a Casper Mattress, americana que tem revolucionado o mercado de colchões. Agora, os israelenses estão de olho no Brasil.

Entre terça e quarta-feira, a firma realiza seu primeiro evento no País, o OurCrowd Sync. Segundo Jon Medved, presidente executivo do fundo, a empresa tem três metas com o evento, que reunirá startups, investidores e gente do ecossistema. A primeira delas é abrir as portas do mercado brasileiro para as companhias do portfólio da OurCrowd. A segunda é começar a trocar cartões com as startups brasileiras. O mais importante, porém, segundo Medved, é atrair investidores do País para o fundo. "Achamos que o mercado de venture capital é muito estratégico e lucrativo para ser deixado apenas para investidores profissionais", afirma.

Segundo ele, bastam US$ 10 mil para investir em uma única empresa por meio da plataforma da OurCrowd, que funciona toda pela internet, via app e site próprios. "Recomendo, porém, que o investimento seja diversificado. Não dá só para investir em uma ou duas startups, porque o risco é muito alto", diz ele.

Outra alternativa, afirma o executivo, é fazer aportes em um dos 25 fundos que a empresa têm, em áreas especializadas, como fintechs, startups de esporte ou empresas que já estão mais maduras. Nesse caso, a quantia mínima sobe para US$ 50 mil. "Não acho que alguém que mora numa favela poderia investir, mas vejo 1 ou 2 milhões de lares que se qualificariam para a nossa plataforma", diz Medved. "Os brasileiros não têm muitas oportunidades para investir no Vale do Silício ou em Israel. Queremos mudar isso."

De lá para cá

Por enquanto, o fundo ainda estuda como vai oferecer sua plataforma por aqui, negociando com diversos parceiros locais. Assim, não é difícil imaginar que o grupo israelense comece suas atividades por aqui investindo em empresas nacionais. "Queremos começar já no ano que vem", diz Medved.

Segundo ele, a meta é fazer aportes entre US$ 1 milhão e US$ 10 milhões - no jargão do setor, entre o investimento semente e o que se chama de Série A, a primeira rodada de fôlego de uma startup. "Mas ainda precisamos entender o fluxo das transações, conversar com fundos locais para entender o ecossistema. Normalmente, escolhemos 2 ou 3 startups a cada 100 analisadas." Ao Estado, Medved diz ainda que é completamente agnóstico quanto a setores. "Fintech, healthtechs, topamos tudo. Mas a área de startups de agricultura é uma das mais excitantes que vejo no Brasil."

Sobre o evento

OurCrowd Sync: São Paulo 2019

Quando: 24 e 25 de setembro

Onde: Sheraton São Paulo WTC Hotel - Av. das Nações Unidas, 12559

Mais informações: http://www.ourcrowd.com.br/contato/

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