Bolsonaro será transferido para hospital de Brasília
São Paulo, Sp (folhapress) - 14/04/2025 10:05:36 | Foto: © LULA MARQUES/AGÊNCIA BRASIL
MARIANA BRASIL,BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) segue na UTI e não tem previsão de alta para esta semana, segundo seus médicos. Ele passou por uma cirurgia considerada complexa pela equipe médica com uma duração de 12 horas.
As informações foram dadas nesta segunda-feira (14) por Cláudio Birolini, chefe da equipe cirúrgica, os cardiologistas Leandro Echenique e Ricardo Camarinha, Guilherme Meyer, diretor Médico do Hospital DF Star e Allisson Barcelos Borges, diretor geral do Hospital DF Star.
Ao contrário do que publicou a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro no Instagram nesta segunda-feira, o ex-presidente segue na UTI e ainda não foi levado ao quarto.
Bolsonaro chegou ao DF Star no sábado (12), depois de ser transferido de Natal (RN).
Essa foi a sexta e mais longa cirurgia abdominal de Bolsonaro desde a facada que sofreu na campanha eleitoral de 2018. O procedimento durou 12 horas.
Segundo nota divulgada pelo hospital DF Star no domingo (13), o ex-presidente foi submetido a cirurgia de grande porte para remoção de aderências no intestino e reconstrução da parede abdominal.
Ainda segundo o texto, não houve intercorrências nem necessidade de transfusão de sangue. O hospital informou que a obstrução intestinal era resultado de uma dobra do intestino delgado que dificultava o trânsito intestinal e foi desfeita.
Bolsonaro estava na capital do Rio Grande do Norte desde sexta, quando foi levado de helicóptero após passar mal no interior do estado, onde participaria de um evento do PL, em favor da anistia aos manifestantes dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Bolsonaro é submetido a cirurgia em Brasília; procedimento passa de 5 h
MATEUS VARGAS, BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passa por cirurgia neste domingo (13) por causa de uma obstrução intestinal.
O procedimento está sendo realizado no hospital DF Star, em Brasília.
No início da tarde, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou, em uma rede social, que a família foi informada pela equipe médica seria "uma cirurgia longa", pois Bolsonaro "está com muitas aderências". O procedimento começou pouco depois das 10h.
Às 14h28, o pastor Silas Malafaia, aliado de Bolsonaro, postou em rede social que o procedimento corria bem e que a previsão era de que durasse mais quatro horas -o que daria cerca de oito horas e meia no total. Ele disse ter recebido o aval de Michelle para publicar a informação.
Pela manhã, em mensagem enviada a deputados e senadores aliados via WhatsApp, Bolsonaro disse que, a partir das 8h, seria realizada a nova cirurgia, "ainda decorrente da facada de 06/set/2018".
"Ao meu lado o Bispo JB Carvalho e bons médicos e enfermeiros. Se Deus quiser tudo ocorrerá bem", escreveu Bolsonaro.
Na última sexta-feira (11), Bolsonaro foi levado de helicóptero ao hospital na capital do Rio Grande do Norte. Ele estava no interior do estado para um evento do seu partido, o PL, em favor da anistia aos manifestantes dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
A nova internação acontece mais de seis anos após a facada que Bolsonaro levou na barriga durante a campanha eleitoral de 2018, que atingiu seu intestino. O ex-presidente foi operado no dia do atentado, em Juiz de Fora (MG), e ao longo dos anos seguintes passou por mais quatro procedimentos no abdômen.
Por voltas das 10h20, o DF Star divulgou nota na qual afirma que exames laboratoriais e de imagem realizados no ex-presidente evidenciaram "persistência do quadro de subobstrução intestinal, apesar das medidas iniciais adotadas".
"As equipes que o assistem optaram de comum acordo pelo tratamento cirúrgico. Ele está sendo submetido neste momento ao procedimento cirúrgico de laparotomia exploradora, para liberação de aderências intestinais e reconstrução da parede abdominal", diz o comunicado.
Em uma rede social, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), citou "oração" e "força" ao ex-presidente, além de desejar pronta recuperação ao aliado.
No sábado (12), o ex-presidente disse no X, antigo Twitter, que foi "internado às pressas" com "dores intensas e uma forte distensão abdominal".
Ele também afirmou, na mesma postagem, que talvez não tenha percebido na hora a gravidade do caso: "O doutor Claudio Birolini me explicou que esse foi o quadro mais grave desde o atentado que quase me tirou a vida", escreveu. "Após minha transferência, provavelmente passarei por uma nova cirurgia", declarou.
O ex-presidente viajou de Natal a Brasília em um avião com equipamentos de UTI. Ele deixou o hospital andando e acenou a apoiadores, mas tinha um pequeno tubo preso ao nariz, e dois homens seguravam sua camisa pelas costas.
A transferência para Brasília foi uma decisão de Michelle Bolsonaro, mulher do ex-presidente. Aliados defendiam que ele fosse para São Paulo, e o próprio Bolsonaro mencionou essa possibilidade em redes sociais.
O ex-presidente deverá passar os próximos dias acompanhado de Michelle e de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que moram em Brasília. Aliados preveem ter pouco acesso ao político no período.
No texto da manhã deste domingo, Bolsonaro comentou a anistia a réus do 8 de janeiro, prevista em projeto de Lei que tramita na Câmara dos Deputados.
"Modular a pena da Débora (batom), passando de 14 para 10 anos de prisão continua sendo uma brutal injustiça, já que seu crime é impossível", afirmou.
"Imaginemos a cena: a Polícia Federal arrancando a Débora de casa, com seus filhos de 10 e 7 anos chorando, sendo levada de volta à penitenciária."
O ex-presidente pediu aos destinatários da mensagem que a repassasse "para aqueles que são contra à anistia humanitária".
Exames indicam piora, e Jair Bolsonaro deverá ser operado em Brasilia
Jair Bolsonaro (PL) deverá se submetido a uma cirurgia neste domingo (13) em Brasília. Segundo aliados do ex-presidente, exames clínicos indicaram uma piora no seu estado de saúde.
Ele tem novos pontos de obstrução intestinal. O problema é uma sequela comum em pacientes com intervenções extensivas na região abdominal. Bolsonaro já fez cinco cirurgias desde que recebeu uma facada na barriga durante a campanha eleitoral de 2018, quando foi eleito presidente.
O político foi internado na sexta (11) em Natal, após passar mal com dores durante um evento para defender a anistia aos presos pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e, por extensão, a si mesmo. Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal, acusado de fomentar sua permanência no poder após perder a eleição para Lula (PT), em 2022.
Por decisão da sua mulher, Michelle, ele será transferido para Brasília numa UTI aérea. Chegando, será internado no hospital DF Star, outra opção da esposa, que vetou sua ida a São Paulo, como aliados defendiam.
"O presidente está bem, lúcido, estável, tranquilo", havia dito neste sábado (12) o ex-ministro e senador Rogério Marinho (PL-RN), que acompanhou Bolsonaro em Natal. Nem ele, nem o boletim médico divulgado pelo hospital local citam a possibilidade da cirurgia.
Segundo uma pessoa com conhecimento da situação, a decisão final sobre a operação deverá ser feita após novos exames, mas era dada como certa por aliados.
Se realizada, a cirurgia será comandada por Claudio Birolini, especialista em reconstrução abdominal do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, que atenderá Bolsonaro -todo o acompanhamento da saúde do ex-presidente da facada até aqui estava a cargo do médico Antonio Luiz Macedo, de São Paulo.
Ele chegou a ser consultado pelo ex-ministro Gilson Machado, que estava com Bolsonaro quando ele passou mal no interior do Rio Grande do Norte, mas não foi chamado a Brasília.
Bolsonaro será transferido para hospital de Brasília
RENATA MOURAL NATAL, RN (FOLHAPRESS) - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será transferido em UTI aérea para Brasília, afirmou o senador e ex-ministro Rogério Marinho (PL-RN).
"Eles entenderam que há uma necessidade de deslocá-lo para Brasília", afirmou o parlamentar, se referindo à equipe médica que trata do ex-presidente. A transferência, em UTI móvel, deve ser feita no início da tarde para o hospital DF Star. "O presidente está bem, lúcido, estável, tranquilo", acrescentou Marinho.
Claudio Birolini, cirurgião que atua no Hospital das Clínicas de São Paulo e acompanha Bolsonaro desde 2018, chegou à Natal hoje de madrugada para acompanhar o ex-presidente. A decisão de transferi-lo partiu do médico.
Bolsonaro foi internado após sentir fortes dores abdominais na madrugada de sexta-feira (11), em virtude de uma obstrução parcial do intestino grosso. Ele foi atendido às pressas em um hospital público de Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte, e depois levado de helicóptero à capital potiguar.
Bolsonaro está no estado para sua primeira agenda do Rota 22, uma caravana do Partido Liberal em defesa da anistia aos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023. Ele passaria na sexta-feira pelas cidades de Acari, Oiticica e Pau dos Ferros. Chegou a participar de um ato em Bom Jesus, mas foi hospitalizado na sequência.
O ex-presidente apresenta um quadro de obstrução parcial do intestino, que dificulta a passagem de líquidos e alimentos do intestino delgado para o intestino grosso, assim como a liberação de gases e fezes.
"É isso o que provoca a distensão abdominal e as dores que ele estava sentindo", afirmou ontem (11) Luiz Roberto Fonseca, diretor médico do Hospital Rio Grande, em Natal, onde o presidente ainda está internado. "O quadro inspira cuidados, mas não apresenta sinais de maiores gravidades no momento", completou o diretor médico.
A condição enfrentada agora por Bolsonaro tem relação, segundo aliados, com a facada sofrida pelo então candidato presidencial em setembro de 2018. Desde então, ele já fez cinco cirurgias.
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