Modelo de negócios dos Emirados e de Dubai
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Modelo de negócios dos Emirados e de Dubai
Por marcos Carrieri - Agência Anba Brasil - 18/10/2024 16:18:24 | Foto: Reprodução/Facebook
Objetivo do curso é promover aprimoramento linguístico junto com atividades profissionais e acadêmicas. Em encontro virtual, profissionais da Câmara Árabe apresentam características econômicas e culturais dos Emirados Árabes Unidos.
Estudantes em campus da universidade: graduandos terão oportunidade de conhecer economia, modelo de negócios e cultura do país árabe
São Paulo – Estudantes da Universidade Estadual de Londrina ( UEL ), no Paraná, embarcarão na próxima semana para um intercâmbio de 15 dias em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Esta é a primeira vez que o “Programa de imersão cultural e aprimoramento de línguas estrangeiras por meio de viagens acadêmicas internacionais” vai a um país árabe após passar, desde 2015, por África do Sul, Chile, Espanha, Uruguai e Inglaterra, para cursos que promovam atividades acadêmicas, culturais e de aperfeiçoamento linguístico em inglês ou espanhol.
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O grupo que embarcará para Dubai: encontros com empresas e aulas em universidade local estão no programa
Em Dubai, eles estudarão inglês na parte da manhã e farão visitas acadêmicas e profissionais na parte da tarde nos emirados de Dubai, Sharjah e Abu Dhabi. Na agenda estão visitas à startup de tecnologia de produção de frutas e vegetais Pure Harvest Smart Farms, ao Sharjah Research, Technology and Innovation Park, que realiza pesquisa em saúde, energia e meio ambiente, e ao parque de energia solar de Dubai. O grupo deverá também assistir a uma aula sobre tomadas de decisões em finanças e outra sobre inteligência artificial, design e mídias sociais na unidade de Dubai da australiana Universidade de Wollongong. Outras atividades também estão previstas.
Participarão deste curso 31 pessoas entre estudantes de Secretariado Executivo, Jornalismo, Administração, Letras, Pedagogia, Enfermagem e Educação Física, além de servidores, professores e estudantes dos laboratórios de Línguas da UEL.
Nesta quarta-feira (16), os participantes da delegação tiveram um encontro virtual com o diretor do escritório da Câmara de Comércio Árabe Brasileira em Dubai, Rafael Solimeo, e com o gerente de Inteligência de Mercado da instituição, Marcus Vinicius. Eles apresentaram as características econômicas e culturais dos Emirados. Solimeo afirmou que, nos Emirados, 10% da população é local e 90% é formada por estrangeiros. Por isso, inglês é língua corrente no país.
Solimeo comentou também sobre a história e o modelo de negócios do país. “Os Emirados passaram a explorar petróleo entre os anos 1970 e 1980, mas tinham dificuldade em obter mão de obra e passaram a atrair estrangeiros. Acabaram atraindo investimento estrangeiro direto. Aqui também não tem cobrança de impostos, somente em alguns casos. É um paraíso fiscal”.
Solimeo afirmou ainda que o país é administrado como uma empresa em uma cultura direcionada aos negócios. “Se Londres tem uma roda gigante, aqui tem uma maior, os cassinos aqui serão maiores do que os de Las Vegas, tem aqui a maior piscina do mundo, um prédio de quase um quilômetro de altura”, citou Solimeo como exemplo dos investimentos que Dubai e os Emirados fazem para atrair pessoas e negócios.
Marcus Vinicius apresentou dados econômicos referentes ao país do Golfo. Os Emirados têm um Produto Interno Bruto (PIB) de mais de US$ 500 bilhões e renda per capita de US$ 53 mil. Têm como principais atividades econômicas a produção de petróleo e gás, comércio e serviços, turismo e indústria de transformação. É o segundo principal parceiro comercial do Brasil entre os países árabes, observou Vinicius.
Em 2023, o Brasil exportou US$ 3,1 bilhões e importou US$ 1,2 bilhão dos Emirados em um superávit de US$ 1,9 bilhão. “A pauta de exportações ainda é fundamentada em commodities. Cerca de 70% das exportações do Brasil são de alimentos e commodities. No sentido contrário, 90% das exportações dos Emirados ao Brasil são compostas por petróleo e fertilizantes”, afirmou.
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