Entenda como setores do mercado financeiro e parte do funcionalismo público também contribuíram para minar a segurança jurídica que eles mesmos reivindicam.
Por Matheus Leitão - Revista Veja - 22/02/2025 08:07:22 | Foto: O presidente da república ao lado dos novos comandantes das Forças Armadas. (Reprodução/Facebook
A cada dia fica mais evidente que o apoio de parte considerável das Forças Armadas, dos empresários do agro e do mercado financeiro à eleição de Jair Bolsonaro foi um verdadeiro tiro no pé. Mais elementos que corroboram essa conclusão foram dados pelos vídeos e transcrições da delação de Mauro Cid, agora tornados públicos pelo Supremo Tribunal Federal ( STF ).
Cid narrou ao ministro Alexandre de Moraes e à Procuradoria-Geral da República o plano elaborado por membros da cúpula do governo Bolsonaro para criar instabilidade e incerteza no país. Um dos principais incentivadores da insegurança foi o general Braga Netto, figura já conhecida por sua postura autoritária. Antes disso, ele havia sido escolhido pelo governo Michel Temer para ser interventor no Rio de Janeiro, onde compartilhava com o também general golpista Eduardo Villas Bôas a admiração de um seleto grupo de empresários bilionários.
Segundo Cid, quem financiou os devaneios autoritários do núcleo bolsonarista foram empresários do setor do agronegócio. Essa é a mesma área da economia que teve muitos integrantes trabalhando ativamente nos últimos anos para associar sua imagem a Bolsonaro, um político cuja carreira se baseou em defender penduricalhos para militares e seus parentes. Ou seja, o agro, setor essencial para o Brasil, resolveu apostar em um aventureiro que nunca pegou no pesado.
Por Matheus Leitão - Revista Veja
Comentários para "Por Matheus Leitão: Como as Forças Armadas e o agro pioraram o Risco Brasil":