Fernanda Torres cumprimenta Mikey Madison, mostra vídeo
Leonardo Volpato, São Paulo, Sp (folhapress) - 03/03/2025 16:39:38 | Foto: © OFICIALFERNANDATORRES/INSTAGRAM
Fernanda Torres cumprimenta Mikey Madison, mostra vídeo
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Fernanda Torres cumprimentou a atriz Mikey Madison, protagonista de "Anora" que a derrotou na disputa pelo Oscar de melhor atriz.
Vídeo divulgado pelo portal Deadline mostra o encontro das duas em uma festa após a premiação, em Los Angeles. A brasileira parece dar os parabéns para a atriz de 25 anos, a mais jovem das indicadas ao Oscar entregue neste domingo (2).
O vídeo mostra que a atriz brasileira é carinhosa com Madison e chega a dar um beijo em seu rosto. As duas também posam para fotos ao lado do cineasta Walter Salles, diretor de "Ainda Estou Aqui".
"Anora", de Sean Baker, foi coroado melhor filme, enquanto "Ainda Estou Aqui", estrelado por Fernanda, fez história e venceu a estatueta de filme internacional.
"Nós Vamos sorrir. Sorriam!", reagiu a brasileira à vitória do filme. Nas redes sociais, ela usou a frase marcante de Eunice Paiva para celebrar a conquista.
Baker usou seu tempo no palco para discursar sobre a importância de cultivar o hábito de ir ao cinema.
'Nós vamos sorrir. Sorriam!', diz Fernanda Torres após vitória de 'Ainda Estou Aqui' no Oscar
LUÍSA MONTE, SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - "Nós Vamos sorrir. Sorriam!". Foi com a marcante frase de Eunice Paiva em "Ainda Estou Aqui" que Fernanda Torres se manifestou nas redes sociais após o longa vencer o Oscar de Melhor Filme Internacional.
A atriz publicou uma foto do envelope recebido pelo diretor Walter Salles no palco da premiação. "E o Oscar vai para... 'Ainda Estou Aqui'", diz a mensagem. Ela também compartilhou uma foto da estatueta.
Na legenda, colocou a fala de sua personagem, Eunice Paiva, mulher que precisou reconstruir sua vida após ver seu marido ser preso e morto pela Ditadura Militar. "Nós Vamos sorrir. Sorriam!", diz ela aos filhos, ao serem fotografados para uma revista.
Fernanda não levou o prêmio de Melhor Atriz, dado a Mikey Madison. "Ainda Estou Aqui" também foi derrotado na categoria Melhor Filme, que premiou "Anora". Mas, a derrota parece irrelevante diante de tantos elogios escritos nos comentários.
"Estamos muito felizes e eu tô cheia de café. Não durmo 3 da manhã desde a quinta série. Obrigada por todas as alegrias que você nos deu, nos dá e já sei que dará", escreveu Tata Werneck. "O Oscar perdeu a chance de fazer história coroando sua atuação, Nanda. Mas que vitória é esse filme", comentou Tiago Iorc.
Quero ser a rainha do Carnaval, brinca Fernanda Torres
Entrevistada no tapete vermelho pouco tempo antes de o Oscar começar, a atriz Fernanda Torres fez piada sobre o fato de a cerimônia acontecer no mesmo dia da folia no Brasil.
"Acordei e vim para o Oscar", brincou ela antes de ser perguntada sobre o título que gostaria de receber.
"A Rainha do Carnaval! É isso que eu queria ser. Hoje é Carnaval no Brasil. Eles estão loucos pelo filme no Brasil. Então, quero ser a Rainha do Carnaval", comentou aos risos.
A brasileira ainda lembrou da nomeação da mãe, Fernanda Montenegro, no fim dos anos 1990 por "Central do Brasil". "É inacreditável, né? E com o mesmo diretor. Devemos tanto ao Walter Salles. Significa que temos DNA de indicadas", completou.
Fernanda perdeu o Oscar de melhor atriz na noite deste domingo (2) para Mikey Madison, de "Anora". Ela concorria à estatueta pelo filme "Ainda Estou Aqui", dirigido por Salles.
Mas o troféu veio para o longa em Melhor Filme Internacional.
Na Tijuca, onde cresceu Fernanda Torres, fãs vaiam Mikey Madison e Oscar
IGOR SOARES, RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Centenas de pessoas lamentaram após Fernanda Torres não levar o Oscar de melhor atriz pela atuação no filme "Ainda Estou Aqui", de Walter Salles. A premiação ocorreu na noite deste domingo (2) em Los Angeles, nos Estados Unidos.
O público ficou inconsolável com a derrota, vaiando a premiação. O longa também perdeu na categoria de melhor filme, mas fez história ao conquistar o Oscar de melhor filme internacional. É a primeira vez que o Brasil conquista uma estatueta.
Esta é a 97ª edição do Oscar e nenhum brasileiro e a última indicada foi a mãe de Torres, Fernanda Montenegro, que perdeu a estatueta pela atuação no longa Central do Brasil, em 1999. Torres já havia ganhado um Globo de Ouro no início do ano.
O filme se passa no contexto do período da ditadura militar no Brasil e retrata a vida de Eunice Paiva, mulher de Rubens Paiva. Ela dedica 40 anos da vida na busca pela verdade sobre o desaparecimento do marido. A produção é inspirada no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, filho do casal.
Nascida no Jardim Botânico, na zona sul da capital fluminense, a atriz passou boa parte da vida na Tijuca, bairro da zona norte. Na rua Padre Elias Gorayeb ficava o apartamento dos tios paternos, que cuidavam da atriz e de seu irmão, o diretor de cinema Cláudio Torres.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, ela disse se lembrar de como era sua vida no bairro da zona norte da cidade. "Era um apartamento de três andares no fim da rua, do lado de um rio que marca o limite da ruazinha. A gente brincava na rua, comia no café Palheta, na lanchonete, e ia ver filmes nos cinemas da praça Saenz Peña", contou a atriz.
Sobre a Tijuca
Antes dos bares, escolas, cinemas e Maracanã, antes mesmo da formação das favelas, a Tijuca era toda uma plantação de café.
"O café chega à Tijuca pelo clima, a água abundante e a disponibilidade de terreno. É um tipo de planta que gosta de relevo alto, e a Tijuca oferecia essas condições. Nobres do império e comerciantes portugueses investem no café usando a mão de obra escravizada", conta Mário Brum, professor do departamento de história da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro).
Na metade do século 19, as árvores da mata atlântica que hoje compõem o maciço da Tijuca já estavam todas cortadas e tinham dado lugar aos cafezais. Um reflorestamento aconteceu a partir de 1850.
"Nessa época, o centro está densamente povoado, abafado e sujeito a epidemias. Uma atmosfera úmida e insalubre. Tijuca e Botafogo se tornam áreas destinadas a uma certa elite da cidade. Famílias abastadas passam a ocupar a Tijuca em palacetes, chácaras, casas com quintal."
Fábricas ocuparam terrenos da Tijuca na primeira metade do século 20, espalhando pelo bairro vilas operárias e construções sobre os morros, que deram início às favelas. Os morros do Salgueiro, Borel e Turano foram batizados com sobrenomes dos donos das terras da região.
"Herdeiros do Emílio Turano quiseram despejar os moradores nos anos 1950, e eles conseguiram permanecer. O morro passou a se chamar Morro da Liberdade durante um tempo, depois voltou a prevalecer o nome Turano. No Borel, surgiu a União dos Trabalhadores Favelados também por conta de uma resistência."
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